Elefante ParaísoPennisetum purpureum x Pennisetum glaucum cv. Paraíso Matsuda O híbrido hexaplóide Paraíso Matsuda é resultado do cruzamento do pasto elefante (Pennisetum purpureum Schum.) com o milheto (Pennisetum glaucum (L.). Este cruzamento agregou a qualidade nutricional do milheto com o potencial de alta produção de forragem do capim elefante. Esse híbrido foi obtido através da duplicação de cromossomos por meio de uma substância química denominada Colchicina, que promove o rompimento citoplasmático no momento da meiose, tornando viáveis o cruzamento e obter híbridos superiores, inclusive plantas que produzem sementes viáveis.
O capim elefante híbrido foi introduzido no Brasil em 1995, pela MATSUDA. Desde esta época diversos trabalhos de pesquisas nas áreas de melhoramento genético, fisiologia vegetal, valor nutritivo da forragem, formas e modos de conservação da forragem, manejo da planta sob cortes e pastejo, adaptação aos diversos solos brasileiros, respostas a vários níveis de nitrogênio, fósforo e potássio e ainda, métodos de utilização da forragem, todos os trabahos foram feitos pelos técnicos da Matsuda, além de convênios com centros renomados de pesquisas (Universidades Federais, Estaduais e Particulares, Institutos de Pesquisas, etc) e também em propiedades particulares. PLANTIO a) Preparo do solo Antes do preparo de solo recomenda-se amostragem do solo para análises. Com os resultados procure um técnico capacitado para fazer as recomendações de calagem e adubação, respeitando a exigência do capim elefante Paraíso aos resultados obtidos. O calcário deve ser aplicado no solo pelo menos 60 a 90 dias antes do plantio das sementes, para que tenha de reagir no solo, neutralizando o alumínio tóxico e elevando o pH. A incorporação deste calcário deverá ser o mais profundo possível. Recomenda-se para esta incorporação o uso de arado ou grade aradora. Para quantidade superiores a 3t/ha, os melhores resultados são obtidos com o parcelamento da aplicação, metade antes da aração e a outra metade depois da primeira gradeação. O preparo de solo deve ter como objetivo eliminar a vegetação existente, eliminar as ervas daninhas e preparar o terreno para que as sementes germinem e se desenvolvam normalmente. Se houver problemas com compactação, este também deve ser eliminado. Para estas operações diversos equipamentos podem ser utilizados tais como arado, grade aradora, grade niveladora, subsolador, etc.
O fertilizante fosfatado normalmente utilizado no plantio, pode ser aplicado antes da última niveladora, ou durante o plantio, podendo ser inclusive misturado com as sementes, desde que utilizado no mesmo dia. b) Distância entre as linhas de plantio:
Pode ser feita com plantadeiras de diversas marcas e modelos, desde que permita uma distribuição uniforme das sementes e a profundidade de plantio não exceda 0,5 a 1,0cm. As sementes podem ser misturadas com fertilizantes fosfatados, desde que a mistura seja utilizada no mesmo dia. Nunca utilizar fertilizantes nitrogenados e potássicos junto com as sementes, no plantio estes nutrientes também não devem estar em contato com as sementes.
Para facilitar o processo de plantio sugerimos que as sementes ou mesmo a mistura de sementes+fertilizantes sejam colocadas no reservatório de adubo e não na caixa de sementes. Isso facilita o escoamento das sementes durante o plantio. - Plantio semi-mecanizado: Esse tipo de plantio é feito com uma plantadeira para distribuir o fertilizante na linha de plantio e em seguida as sementes são semeadas manualmente nos "sulcos" deixados pela plantadeira. Neste caso cuidado com a incorporação das sementes e a profundidade de plantio. A incorporação das sementes pode ser feita manualmente se a área for pequena ou com o rolo compactador se a área for grande. - Plantio manual: O plantio manual é recomendado para áreas pequenas e consiste em estender uma linha no solo para marcar onde será o "sulco" de plantio. Na verdade se for feito um sulco há o risco das sementes ficarem muito profundo no solo comprometendo a sua germinação. Neste processo é importante cobrir as sementes após a semeadura, pode ser feito com os pés ou um rolo compacatador pequeno.
Os cortes no capim elefante Paraíso devem iniciar quando as plantas estiverem bem estabelecidas, com um bom desenvolvimento do sistema radicular, isso deverá ocorrer cerca de 90 a 100 dias depois da germinação das sementes.
Igual que a recomendação anterior, o primeiro corte deverá ser feito após 90 a 100 dias da germinação das sementes e depois em intervalos de 70 dias aproximadamente. A adubação de manutenção deve ser a mesma que foi recomendada anteriormente e nas mesmas condições. No caso de pastejo direto a recomendação é a mesma, isto é, devemos colocar os animais quando as plantas já estiverem devidamente fixadas no solo, com um bom desenvolvimento do sistema radicular. A partir de 90 dias da germinação das sementes já podemos averiguar a possibilidade de colocar os animais para pastejo.
É importante que o pastejo seja de forma intensiva, onde o pasto tenha um período de 1 a 5 dias de pastejo e outro período de 30 a 35 dias de descanso. Estes dias podem variar, tanto nos dias de uso como nos dias de descanso, dependendo sempre do fator climático e do nível de fertilidade do solo. Por isso é importante também a adubação de manutenção conforme já citado anteriormente. PRODUÇÃO DE FORRAGEM A produção de forragem do capim elefante Paraíso varia em função da idade da planta, conforme citado no Quadro 1. O rendimento forrageiro, quando a planta possui 35 dias de idade é de 5,2t/ha de matéria seca, possui cerca de 19,2% de proteína bruta e digestibilidade de 66,5%. Palntas com 105 dias a produçaão de forragem é de 14,5 t/ha de matéria seca por cada corte, mas o teor de proteína abaixa para 10,2% e a digestibilidade para 58,5%. QUADRO 1 - Altura da planta, produção de matéria seca (PMS t/ha), teor de proteína bruta (% PB), fibra detergente neutra (% FDN) e digestibilidade "in vitro" da materia seca (% DIVMS) da forragem do capim elefante Paraíso em quatro idades de rebrota (VILELA et al, 2001).
Nas idades superiores a estas, o valor nutritivo é menor, mesmo que se obtenha altíssima produção de forragem. Pode verificar no quadro 1, que o valor nutritivo da planta diminui progressivamente com a idade da planta. Analizando eses resultados, pode-se concluir que a idade recomendável dos cortes para confecção de silagem é em torno de 100 dias, onde se obtém maior quantidade de forragem digerível por hectare. Com uma boa fertilização e irrigação, pode-se obter 4 a 5 cortes por ano, com uma produção de forragem total de 210 t/ha/ano de matéria verde. O primero corte sempre deve ser feito em torno de 90 dias depois da germinação das sementes, para obter o enraizamento satisfatório. |
Classificação Botanica
Familia | Genero | Especie | Cultivar | Nome Comum |
Poaceae | Pennisetum | purpureum x glaucum | Paraíso Matsuda |
Elefante Paraíso |
ÁriesPanicum maximum cv. Áries
É uma gramínea cespitosa de ciclo perene, com altura entre 1,2 a 1,5m (planta de porte baixo), alta intensidade de perfilhamento basal e axilar, colmo fino, comprimento do internódio curto, colmo com pouca cerosidade, folha sem pilosidade na bainha, comprimento da lâmina curto de coloração verde clara. O período de florescimento é indefinido e seu ciclo é precoce, fazendo com que a planta floresça diversas vezes ao ano. Este florescimento indeterminado permite a planta manter suas qualidades nutricionais, mesmo florescidas.
ORIGEM O cultivar híbrido de forrageira Áries foi obtido de cruzamento artificial, realizado no ano de 1993, em casa-de-vegetação pela Matsuda, cruzando linhagens sexuadas de Centauro (fêmea) com Aruana (material comercial lançado pelo IZ). No ano seguinte houve a seleção de genótipos superiores, em progênies segregantes para apomoxia e sexualidade. Em 1995 foram realizados os testes de progênie para separar os híbridos F1 apomíticos dos híbridos F1 sexuais. Foram montados experimentos em Álvares Machado-SP, Mirante do Paranapanema-SP e Jateí-MS, nos anos de 1996 a 1999, para selecionar os melhores híbridos F1 apomíticos, verificando os cultivares com os melhores caracteres morfo-agronômicos e os de melhor valor nutritivo. Selecionaram-se também os híbridos de melhor comportamento quanto à tolerância ao encharcamento periódico (solos mal drenados). Em 2000 e 2001, este novo cultivar foi avaliado com animais verificando a capacidade de suporte, resistência ao pisoteio, potencial de rebrota, persistência, tolerância à seca, potencial de produção de sementes, etc.
CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS Apesar de seu porte baixo o Áries é um cultivar de P. maximum bastante exigente em fertilidade de solo. A sua principal característica é apresentar talos e folhas finas, com altíssima digestibilidade e excelente qualidade nutricional. A sua rebrota após o corte ou pastejo é bastante rápida, apresenta após este manejo um aumento do número de perfilhos, é caracterizado por apresentar várias épocas de florescimento, fator este que permite o fechamento da área (sementes germinam originando novas plantas, melhorando o stand da área), apresenta boa resistência ao período seco e também suporta por vários dias solos úmidos, que apresentam má drenagem. Pode produzir em torno de 1.200kg/ha/ano de sementes com VC 20% (quantidade obtida em três colheitas ao ano).
UTILIZAÇÃO E MANEJO O cultivar Áries por sua excelente digestibilidade (70% "in vitro") é recomendado para animais altamente seletivos, tais como: eqüinos, ovinos, caprinos e bezerros recém desmamados. Recomendamos sempre respeitar um período de descanso ao pasto após o corte ou pastejo pelos animais, suficiente para permitir sua rebrota, porém sem deixar "passar" ou amadurecer, ou seja, evitar que fique fibroso e lignificado. Um a cinco dias de pastejo por 25 a 30 dias de descanso é a média de utilização deste pasto, durante o período chuvoso e quente. Na seca estes períodos variam de acordo com as condições climáticas, mesmo que o Áries apresente excelente desenvolvimento e adaptação nesta época. Pode ser utilizado em pastejo direto pelos animais e também em cortes para silagem ou fenação. Pode produzir em média 20t/ha/ano de matéria seca. Não foi observada presença de cigarrinha-das-pastagens nas várias áreas testadas. Este cultivar, por se tratar de Panicum maximum, pode ser infestado por Claviceps e/ou Ustilago, afetando assim a produção de sementes. Em 2001 e 2002, foi realizado no sítio Santa Sofia, em Álvares Machado-SP, em solos podzólicos corrigidos e adubados de acordo com os resultados de análise do solo, testes com novilhos em pasto de Áries para averiguar o ganho de peso, obtendo os seguintes resultados: Experimento realizado na Matsuda, com o cultivar Áries, avaliando ganho de peso de ovinos, durante dois períodos do ano, em pastagem rotacionado.
QUANTIDADE DE SEMENTES NO PLANTIO Para o cálculo da quantidade desta semente no plantio recomendamos o uso do quadro de Fatores para Panicum maximum abaixo e a fórmula: As condições de plantio referem-se ao preparo de solo, as condições climáticas da região (chuva, temperatura do solo e luminosidade), se o solo foi corrigido (calagem) e fertilizado, se há problemas com insetos (formigas, cupins, grilos, gafanhotos, lagartas, cigarrinhas, etc), se há problemas com a infestação de ervas daninhas, etc.
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Familia | Genero | Especie | Cultivar | Nome Comum |
Poaceae | Panicum | maximum | Áries | Áries |
CarajásPennisetum purpureum x Pennisetum glaucum
Teor de proteína bruta na matéria seca, do cultivar Carajás, obtido em várias regiões em dois períodos distintos (chuva e seca)
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Familia | Genero | Especie | Cultivar | Nome Comum |
Poaceae | Pennisetum | purpureum x glaucum | Carajás | Carajás |
DecumbensBrachiaria decumbens cv. Basilisk
Originário do platô dos Grandes Lagos em Uganda foi introduzido no Brasil pelo antigo IPEAN (Instituto de Pesquisa Agropecuária do Norte - atual EMBRAPA).
Gramínea de hábito decumbente, bastante enfolhada, formando denso relvado de até 100cm de altura. Folhas muito pubescentes e inflorescência racimosas contendo racemos com fila dupla de sementes também pubescentes, ráquilas em ziguezague e finas. As plantas são robustas, geniculada em alguns nós inferiores e pouco radicante. Os rizomas apresentam-se na forma de pequenos nódulos e emitem grande quantidade de estolões, bem enraizados e com pontos de crescimento protegidos (rizomas e gemas axilares).
A sua difusão deu-se de forma acentuada, devido à boa produção e germinação de suas sementes, a alta produtividade em solos ácidos e de baixa fertilidade, com ótima adaptação a solos de cerrado, alta agressividade na competição com a vegetação nativa, elevada disseminação pela semeadura natural, formação de populações exclusivas, dispensando roçadas freqüentes e elevada persistência. Nas áreas cultivadas é considerada uma invasora de difícil controle. Mesmo com boa tolerância a solos ácidos, responde bem a adubação e tem alto potencial produtivo em solos férteis. Não tolera solos inundados e é suscetível a cigarrinha-das-pastagens (Deois flavopicta e Zulia entreriana). Cresce bem no verão, porém tem sua produção afetada por baixas temperaturas, sofrendo bastante com geadas. A cobertura do solo é rápida, quando se utiliza uma boa densidade de semeadura. Esta característica permite uma boa proteção contra erosões do solo, sendo este material recomendado para áreas de declive acentuado.
Esta espécie pode ser utilizada em pastejo direto pelos animais, servindo-se também para confecção de silagem e fenação. Bovinos em regime de engorda e cria conseguem boa produtividade neste pasto. Não recomendamos para eqüinos, ovinos e caprinos. Recomendamos que bezerros recém desmamados também não sejam colocados para consumir esta pastagem, pois, dependendo da região poderá apresentar problemas de fotossensibilização, devido à ação do fungo Pythomyces chartarum. Com um manejo adequado, evitando acúmulo de folhas mortas, através do aumento da intensidade de pastejo, podemos evitar ou diminuir a intensidade da doença. Em bezerros desmamados, devido o estresse do desmame, associado à idade do animal, predispõem o aparecimento da fotossensibilização. Neste caso recomendamos a retirada dos animais da decumbens, colocando-os em áreas sombreadas de outras cultivares e o uso de dessensibilizantes auxilia na recuperação destes animais. A decumbens como uma espécie susceptível às cigarrinhas não deve ser estabelecida em regiões com histórico deste inseto. Para o cálculo da quantidade desta semente no plantio recomendamos o uso do quadro de Fatores para Brachiaria sp. abaixo e a fórmula:
Estas informações deverão ser obtidas com o proprietário para recomendarmos a quantidade necessária de sementes no plantio, assim como a forma em que será plantada. Por exemplo: condições médias de plantio, utilizando-se uma plantadeira de cereais e sementes com VC de 32%.
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Familia | Genero | Especie | Cultivar | Nome Comum |
Poaceae | Brachiaria | decumbens | Basilisk | Decumbens |
MG 4Brachiaria brizantha cv. MG-4
(MG-4) Nome científico: Brachiaria brizantha (Hochst.) Stapf. Cultivar: MG-4 (CIAT 26646) Fertilidade do solo: Média a baixa Forma de crescimento: Touceira decumbente Altura: 1,0 a 1,5m Utilização: Pastejo direto, silagem e fenação Digestibilidade: Boa Palatabilidade: Boa Precipitação pluviométrica: Acima de 800 mm anuais Tolerância à seca: Boa Tolerância ao frio: Boa Teor de proteína: 9 a 11% na MS Profundidade de plantio: 1 a 2 cm Ciclo vegetativo: Perene Produção de forragens: 10 a 12 t/ha/ano de matéria seca Cigarrinha das pastagens: Média resistência Consorciação: Arachis pintoi, Puerária, Calopogônio e Java ORIGEM Cultivar liberado comercialmente em 1994 pela Matsuda e é utilizada em todo o Brasil e em diversos países latino americano. Este cultivar é o resultado de seleção realizada pela empresa, que tinha como objetivo, obter um cultivar de brizantha para solos ácidos, arenosos e de menor fertilidade.
Este acesso foi introduzido da Austrália em 1975 e foi estabelecido inicialmente na região de Presidente Prudente-SP em pequenas áreas de pastagens, onde se destacou por sua produtividade, resistência à seca e capacidade de rebrota após o pastejo. A partir de 1988 se iniciaram os trabalhos sistemáticos de pesquisa com este genótipo, visando a sua liberação comercial. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS Gramínea de touceira vigorosa, com altura de 1,0 a 1,5m, apresenta rizomas horizontais curtos, duros e curvos, cobertos de escamas glabras de cor amarela ou arroxeada.
Produz grande quantidade de raízes profundas de cor branca amarelada e de consistência branda. Os talos são vigorosos, eretos ou semi-eretos, com escassa ramificação e de cor verde intenso. Os nós são proeminentes, glabros, de cor verde ou amarelo pálido e escasso enraizamento. As folhas são glabras, geralmente mais curtas que os entre-nós, de cor verde intenso e de coloração arroxeada no extremo inferior. A lígula apresenta uma borda ciliada de cor branca, de aproximadamente 2mm de comprimento. As folhas são linear-lanceoladas, arredondadas na base e em forma de quilha, de 16 a 40 cm de comprimento e 10 a 20 mm de largura e de cor verde intenso a claro; são glabras, com margens denticuladas e de cor arroxeada e branca. As nervuras são numerosas e finas, sendo a central de cor clara. Os entrenós são aplanados, de cor verde intenso e arroxeado no extremo superior. A inflorescência é uma panícula racemosa de 10 a 20 cm de longitude com 2 racemos unilaterais retos, em forma de espiga. Os racemos unilaterais são de 4 a 10 cm de comprimento. A raque é estriada de cor arroxeada e verde, com cílios laterais de 2 a 4 mm de comprimento. As espiguetas são oblongas ou oblongo-elípticas de aproximadamente 6 mm de comprimento e 2,0 a 2,5 mm de largura, com pilosidade branca no ápice: as pontas geralmente são de coloração arroxeada. O cultivar MG-4 pode ser diferenciada facilmente da cultivar Marandu pela associação obrigatória das seguintes características: - Ausência de pêlos na porção apical dos entrenós; - Bainhas glabras com margem denticuladas de coloração arroxeada e verde - Raque estriada de coloração arroxeada e verde. CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS
A MG-4 se adapta a regiões tropicais, desde o nível do mar até 1.800 m de altitude e regiões com precipitação anuais superior a 800 mm. Este cultivar apresentou bom comportamento em solos ácidos e de baixa fertilidade, de textura arenosa ou argilosa. Tolera seca prolongada, tem boa recuperação após a queimada e excelente capacidade de rebrota. Não tolera solos encharcados e "queima" com a geada, recuperando em seguida.
Em média, um grama de sementes contem cerca de 120 sementes puras e viáveis e a profundidade de plantio destas sementes é cerca de 1 a 2 cm. UTILIZAÇÃO E MANEJO
Pode-se utilizar para pastejo direto e fenação, recomendado para animais de cria, recria e engorda. O manejo da MG-4 em áreas de pastejo rotacionado, deverá ocorrer a cada 25 a 30 dias no máximo, durante a estação chuvosa e quente e de 45 a 50 dias no inverno (frio e seco), em ambos os casos de 1 a 5 dias de pastejo. Em patejo contínuo procurar manter a vegetação com porte mínimo de 15 a 20 cm.
Este cultivar foi analisado em diversas condições de pastoreio, em diferentes tipos de manejo e com diferentes categorias animais. Em animais de cria e recria, nas diferentes épocas do ano, não se observaram quaisquer sintomas de intoxicação, mesmo quando a pastagem foi utilizada por longos períodos com animais jovens e vacas em lactação/gestação. Não foi observado também, qualquer tipo de sintomas referente a fotossensibilização, provocada pelo fungo Pithomyces chartarum. Em condições de engorda, o desempenho da MG-4 foi considerado bastante adequado, proporcionando ganhos de peso e lotações satisfatórias comparáveis aos rendimentos da decumbens. Quadro I - Comparação da produção de forragem (matéria seca) por hectare no ano, entre Brachiaria brizantha cv MG-4 e B. decumbens cv. Basilisk, em cortes realizados a 5cm da superfície do solo, em período espaçado de 60 dias durante o verão e de 90 dias no inverno, totalizando em média 5 cortes/ano. Este experimento foi realizado na Fazenda MG, em Mirante do Paranapanema-SP, em parcelas de 5.000m2, a bordadura foi eliminada, avaliando-se somente a parte central da parcela.
Quadro II - Desempenho animal observado em pastejo contínuo, em áreas de MG-4, analisando ganho de peso durante o período chuvoso e o período seco. QUANTIDADE DE SEMENTES NO PLANTIO
Para o cálculo da quantidade desta semente no plantio recomendamos o uso do quadro de Fatores para Brachiaria sp. abaixo e a fórmula:
FATOR = kg/ha de sementes VC As condições de plantio referem-se ao preparo de solo, as condições climáticas da região (chuva, temperatura do solo e luminosidade), se o solo foi corrigido (calagem) e fertilizado, se há problemas com insetos (formigas, cupins, grilos, gafanhotos, lagartas, cigarrinhas, etc), se há problemas com a infestação de ervas daninhas, etc.
Estas informações deverão ser obtidas com o proprietário para recomendarmos a quantidade necessária de sementes no plantio, assim como a forma em que será plantada. Por exemplo: condições médias de plantio, utilizando-se uma plantadeira de milho e sementes com VC de 40%. FATOR = 280 = 7,0 kg/ha de sementes de VC 40% VC 40
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Familia | Genero | Especie | Cultivar | Nome Comum |
Poaceae | Brachiaria | brizantha | MG-4 | MG-4 |
MombaçaPanicum maximum cv. Mombaça
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Familia | Genero | Especie | Cultivar | Nome Comum |
Poaceae | Panicum | maximum | Mombaça | Mombaça |
TanzâniaPanicum maximum cv. Tanzânia - I Cultivar introduzido no Brasil pela EMBRAPA, coletado em 1969 em Korogwe-Tanzânia (África) pelo ORSTOM (Institut Français de Recherche Scientifique pour le Developpement em Coopération) em 1969.
Foi avaliado além do Brasil, no México, Cuba e Colômbia. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS É uma planta cespitosa de ciclo anual, com altura média de 1,3m, folha decumbente com largura média de 2,6cm. Lâminas e bainhas são glabras, sem cerosidade. Os colmos são levemente arroxeados. As inflorescências são do tipo panícula, com ramificações primárias longas, e secundárias longas apenas na base. As espiguetas são arroxeadas, glabras e uniformemente distribuídas. O verticilo é glabro.
Estas informações deverão ser obtidas com o proprietário ou o administrador, pois são estas pessoas que conhecem melhor a região, para recomendarmos a quantidade necessária de sementes no plantio, assim como a forma em que será plantada. Por exemplo: condições médias de plantio, utilizando-se uma distribuidora de calcário e sementes com VC de 25%.
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Familia | Genero | Especie | Cultivar | Nome Comum |
Poaceae | Panicum | maximum | Tanzânia-I | Tanzânia |
Brachiaria MaranduBrachiaria brizantha cv. Marandu Nome científico: Brachiaria brizantha (Hochst.) Stapf.
Planta cespitosa e muito robusta, de 1,5 a 2,0 m de altura, com colmos iniciais prostrados, mas produzindo afilhos predominantemente eretos. Possui rizomas muito curtos e encurvados. Os colmos floríferos são eretos, freqüentemente com afilhamento nos nós superiores, que leva a proliferação de inflorescências, especialmente sob regime de corte e pastejo. Bainhas pilosas e com cílios nas margens, geralmente mais longas que os entre nós, escondendo os nós, o que confere a impressão de haver densa pilosidade nos colmos vegetativos.
As lâminas foliares são lineares lanceoladas, esparsamente pilosas na face ventral e glabras na face dorsal. Inflorescência de até 40 cm de comprimento, geralmente com 4 a 6 racemos, bastante eqüidistantes ao longo do eixo, medindo de 7 a 10 cm de comprimento, mas podendo alcançar 20 cm nas plantas muito vigorosas. Espiguetas unisseriadas ao longo da raque, oblongas a elíptico-oblongas, com 5,0 a 5,5 mm de comprimento por 2,0 a 2,5 mm de largura, esparsamente pilosas no ápice.
ORIGEM O nome Marandu significa "novidade".
CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS Esta gramínea se desenvolve bem em condições tropicais, desde o nível do mar até 2.000 m de altitude, em regiões com boa precipitação pluvial anual superior a 700 mm e cerca de 5 meses de seca. Adapta-se bem a solos de média a alta fertilidade. Textura média ou arenosa é a mais adequada para este cultivar, que não tolera solos argilosos e siltosos. Apresenta média proteção ao solo, podendo ser indicada para áreas de relevo plano a ondulado.
UTILIZAÇÃO E MANEJO Utilizada para pastejo direto pelos animais, silagem e fenação, sendo indicada para cria e engorda de bovinos, não é aceita por eqüinos, ovinos e caprinos. Em caso de novo estabelecimento, a área pode ser pastejada cerca de 90 dias depois da germinação das sementes, dependendo sempre das condições climáticas. No pastejo rotacionado os piquetes devem ficar entre 30 a 35 dias em descanso durante o período chuvoso e quente do ano, com 1 a 5 dias de utilização. Na seca e frio o tempo de descanso da área é bem maior. Em caso de pastejo contínuo a altura mínima de pastejo é cerca de 20 a 25cm, altura esta em que, a quantidade de talos é maior do que a quantidade de folhas.
QUANTIDADE DE SEMENTES NO PLANTIO Para o cálculo da quantidade desta semente no plantio recomendamos o uso do quadro de Fatores para Brachiaria sp. abaixo e a fórmula: As condições de plantio referem-se ao preparo de solo, as condições climáticas da região (chuva, temperatura do solo e luminosidade), se o solo foi corrigido (calagem) e fertilizado, se há problemas com insetos (formigas, cupins, grilos, gafanhotos, lagartas, cigarrinhas, etc), se há problemas com a infestação de ervas daninhas, etc.
Estas informações deverão ser obtidas com o proprietário para recomendarmos a quantidade necessária de sementes no plantio, assim como a forma em que será plantada. Por exemplo: condições ideais de plantio, utilizando-se uma distribuidora de calcário e sementes com VC de 40%.
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Familia | Genero | Especie | Cultivar | Nome Comum |
Poaceae | Brachiaria | brizantha | Marandu | Brizantão, Braquiarão |
LlaneroBrachiaria humidicola cv. Llanero (ex-dictyoneura)
Este cultivar foi liberado comercialmente na Colômbia pelo ICA (Instituto Colombiano Agropecuário) em 1987, cujas sementes (CPI 59610) vieram do Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO) da Austrália, que foi introduzido pelo CIAT em 1978 sob o no CIAT 6133. A ex-dictyoneura foi coletado originalmente no Zimbabwe (ex-Zâmbia) em 1971. Atualmente é comercializada em todo o Brasil e na América Latina.
Gramínea de ciclo perene, semi-ereta a prostrada, estolonífera e rizomatosa, de 40 a 90cm de altura, estolões compridos de cor púrpura com pilosidade de cor branca, folhas lanceoladas de 4 a 6cm de comprimento e 0,8cm de largura, raízes adventícias superficiais. As folhas são lineares lanceoladas, eretas, glabras, de cor púrpura, com uma das bordas denticuladas. Os talos e as nervuras das folhas são verdes com manchas púrpuras. A inflorescência é uma panícula com três ou quatro racemos de 4 a 6cm de comprimento, cada um com 10 a 22 espiguetas alternas, sobre uma raque de cor púrpura verde em forma de ziguezague.
Adapta-se bem a solos ácidos e de baixa fertilidade, é tolerante a seca e se recupera bem depois de queimadas. Tem boa tolerância a cigarrinha-das-pastagens, boa capacidade de rebrota e boa palatabilidade. Ataques esporádicos de cigarrinha podem ocorrer, principalmente em áreas manejadas com baixas lotações de animais, sendo que a pastagem normalmente se recupera satisfatoriamente.
As sementes deste cultivar apresentam dormência, chegando, inclusive, a até um ano depois de colhidas. Recomenda-se deixar a semente exposta, durante pelo menos um dia todo, espalhado a pleno sol sobre uma lona preta ou um terreiro, remexendo a cada hora com os pés, para que o aquecimento seja uniforme. Este aquecimento da semente, que pode alcançar até 50oC, auxilia na quebra da dormência.
A dormência pode acarretar problemas durante o estabelecimento da pastagem, pois como a semente demora a germinar (mesmo em condições normais de temperatura, luminosidade e umidade), sementes de ervas daninhas e a vegetação nativa germinam primeiro e "domina" a área de plantio. Isto provoca o sombreamento do solo que não recebe mais luz e se torna frio, afetando ainda mais a germinação das sementes da dictyoneura. Se isto ocorrer deve proceder a roçada da área.
A recomendação para evitar este problema, além do aquecimento das sementes de dictyoneura, é semeá-la associada, com 15% da dosagem normal, com ruziziensis ou outra braquiária. Outra opção é misturar com 5kg/ha (no máximo) de sementes de milheto. Este cultivar pode ser consorciado com Pueraria phaseoloides , Macrotyloma axillare (Java) e Arachis pintoi.
O valor nutritivo do cultivar Llanero pode ser considerado como moderado a pobre (4 a 7% de Proteína). Em pastagens associadas com Arachis pintoi, foram obtidos ganhos de peso vivo por animal por ano de 124 a 183 kg e ganhos por hectare variando de 267 a 540 kg de peso vivo.
No desenvolvimento inicial deste pasto, assim como a humidícola, o primeiro pastejo deve ser efetuado de forma suave para estimular o perfilhamento e o enraizamento dos estolões. A dictyoneura sofre do mesmo problema que a humidícola e perde a qualidade nutricional mais rapidamente que outras braquiárias se deixarmos ela amadurecer. Recomendamos utilizar altas cargas animais ou maior freqüência de pastejo, pois desta maneira os animais patejam uma forragem mais tenra e de melhor qualidade nutricional e de melhor digestibilidade.
Em solos ácidos, arenosos e pobres em fertilidade, este cultivar é uma das melhores opções de pastagem para eqüinos, ovinos e caprinos.
Para o cálculo da quantidade desta semente no plantio recomendamos o uso do quadro de Fatores para Brachiaria sp. abaixo e a fórmula:
As condições de plantio referem-se ao preparo de solo, as condições climáticas da região (chuva, temperatura do solo e luminosidade), se o solo foi corrigido (calagem) e fertilizado, se há problemas com insetos (formigas, cupins, grilos, gafanhotos, lagartas, cigarrinhas, etc), se há problemas com a infestação de ervas daninhas, etc. Estas informações deverão ser obtidas com o proprietário ou o administrador, pois são estas pessoas que conhecem melhor a região, para recomendarmos a quantidade necessária de sementes no plantio, assim como a forma em que será plantada. Por exemplo: condições médias de plantio, utilizando-se uma distribuidora de calcário e sementes com VC de 25%.
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Familia | Genero | Especie | Cultivar | Nome Comum |
Poaceae | Brachiaria | humidícola | Llanero (ex-dictyoneura) |
Llanero |
AndropogonAndropogon gayanus Kunth cv. Planaltina Nome científico: Andropogon gayanus Kunth
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS O Andropogon gayanus Kunth var. bisquamulatus (Hochst.) Hack. é uma gramínea forrageira de ciclo perene, de porte alto, que forma touceiras e possui excelente adaptação a regiões de secas prolongadas. As folhas possuem coloração verde claro, a maioria pubescentes, a coloração pode sofrer alteração principalmente nas secas tornando violáceo. Os talos são bastante fibrosos (exige-se bom manejo), as plantas atingem altura média de 1,3 a 1,8m, produzem raízes profundas e altamente ramificadas.
ORIGEM Em 1973 o Dr. Bela Grof, pesquisador do CIAT (Centro Internacional de Agricultura Tropical), introduziu na Colômbia sementes deste cultivar, proveniente da Estação Experimental Shika da Nigéria. Esta planta forrageira é nativa da África Ocidental, onde se encontra distribuída amplamente na maioria das savanas tropicais e sub-tropicais, regiões caracterizadas por secas bastante intensas. Este cultivar foi liberado comercialmente em vários países no mundo conforme o quadro abaixo:
CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS O andropogon possui boa produção de forragem, mesmo em solos de baixa fertilidade, pastejado a cada 5 a 6 semanas (ICA, 1980). A espécie suporta bem as queimadas e devido às características agronômicas da espécie é recomendado, de acordo com as necessidades, um rebaixamento drástico do pasto (sobrepastejo) para eliminação do material fibroso, lignificado e seco, que vai acumulando com o tempo. Este pasto apresenta como principal característica a boa tolerância ao período seco, mantendo boa quantidade de folhas neste período. Além disso, adapta-se a vários tipos de solos, desde os arenosos até os solos cascalhados, os de baixa fertilidade até os mais férteis.
UTILIZAÇÃO E MANEJO O andropogon pode ser recomendado para várias categorias e espécies animais. Apresenta mediana qualidade nutricional, principalmente por serem estabelecidas em áreas mais pobres da fazenda, porém se bem manejado apresenta boa produção de forragem para bovinos de cria, recria e engorda. Pode ser pastejado por eqüinos, sendo uma das opções para solos de baixa fertilidade e ácidos. Este cultivar apresenta talos que podem lignificar rapidamente se não forem bem manejadas. Outro cuidado com este cultivar é o seu ciclo muito precoce que faz com que amadureça rapidamente. Por apresentar bom perfilhamento e talos vigorosos, o andropogon deve ser pastejado baixo, diferente de espécies eretas como os Panicum maximum. Recomendamos o pastejo por 1 a 5 dias, com uma alta pressão de pastejo (oferta de forragem/quantidade de animais), podendo ser pastejado até uma altura de 15cm de altura, eliminando assim boa quantidade de talos. O período de descanso varia de acordo com o clima, mas em média é de 25 a 30 dias no período chuvoso e de 30 a 50 dias no período seco (dependendo sempre das condições climáticas). * Experimento realizado nos anos de 1986 e 1987, na Fazenda Cadeado em Rio Brilhante-MS, avaliando ganhos de peso de novilhos nelorados em pastagens de Andropogon gayanus cv. Planaltina e Brachiaria brizantha cv. Marandu.
*média ponderada nos períodos Fonte: EMBRAPA, 1989
Este experimento apresenta resultados onde o Marandu (braquiarão) foi superior ao andropogon nas secas. No período chuvoso ocorreu o inverso. Considerando a capacidade de suporte das pastagens, expressa pela carga animal média nos períodos, observa-se que foram relativamente baixas para as espécies utilizadas, especialmente no período seco, quando se mantiveram ao redor de 0,6 UA/ha. Esses dados são o reflexo dos baixos níveis de fertilidade natural verificados na área experimental.
QUANTIDADE DE SEMENTES NO PLANTIO Para o cálculo da quantidade de semente desta cultivar no plantio recomendamos o uso do quadro de Fatores para o Andropogon gayanus e a fórmula abaixo: FATOR = kg/ha de sementes
As condições de plantio dependem do preparo de solo, das condições climáticas da região (chuva, temperatura do solo e luminosidade), se o solo foi corrigido (calagem) e adubado, se há problemas com insetos (formigas, cupins, grilos, gafanhotos, lagartas, cigarrinhas, etc), se há infestação de ervas daninhas, etc. Estas informações deverão ser obtidas com o proprietário ou com o administrador, pois são eles que conhecem melhor a região e a área de plantio, para podermos recomendar a quantidade necessária de sementes, assim como a forma em que será plantada. Por exemplo: condições ruins de plantio, jogando as sementes com a mão, prática muito utilizada em andropogon, e sementes de VC de 15%. FATOR = 240 = 16,0 kg/ha de sementes |
Familia | Genero | Especie | Cultivar | Nome Comum |
Poaceae | Andropogon | gayanus | PLANALTINA | Andropogon |
HumidícolaBrachiaria humidicola (Rendle.) Schweickerdt.
Para o cálculo da quantidade desta semente no plantio recomendamos o uso do quadro de Fatores para Brachiaria sp. abaixo e a fórmula:
As condições de plantio referem-se ao preparo de solo, as condições climáticas da região (chuva, temperatura do solo e luminosidade), se o solo foi corrigido (calagem) e fertilizado, se há problemas com insetos (formigas, cupins, grilos, gafanhotos, lagartas, cigarrinhas, etc), se há problemas com a infestação de ervas daninhas, etc. |
Familia | Genero | Especie | Cultivar | Nome Comum |
Poaceae | Brachiaria | humicola | Humídicola | Humídicola |
RuziziensisBrachiaria ruziziensis cv. Braquiária ruziziensis
Esta forrageira é nativa do Vale Ruzi no Zaire (Congo) e Burundi. A ruziziensis atualmente está difundida em vários países tropicais. As primeiras sementes vieram de Ruanda, que foram estudadas e disseminadas no Quênia, pelo Institut National pour I'étude Agronomique du Congo Belge (INEAC) em Rubona, nos anos 60, daí se espalhou por todo o continente Africano.
As primeiras sementes que chegaram na Austrália (CPI 30623) vieram em 1961 da ilha de Madagascar, da Estación de Agronomia de Lac Alastra, e foram lançadas com o nome comercial "ruzigrass", no ano de 1966. Provavelmente este tenha sido o caminho percorrido pelas sementes comercializadas no Brasil, as quais vieram da Austrália.
Gramínea perene, rasteira, atingindo até 1,5m de altura, com rizomas curtos. Colmos decumbentes e geniculados com 3 a 4mm de diâmetro e dotado de entrenós curtos. Folhas macias com 6 a 15mm de largura e 10 a 25cm de comprimento, possuindo aspecto aveludado devido a grande quantidade de pêlos nela presente. A inflorescência é uma panícula ereta de 5 a 7 racemos.
Racemos curtos e com fileiras duplas de sementes, ráquilas aladas e bastante largas, tornando-se uma característica que distingue das outras espécies de braquiária. Espiguetas bifloras, sendo a inferior masculina e a superior hermafrodita.
Forrageira de solos de média a alta fertilidade, requerendo boa drenagem e clima de regiões tropicais. Não resiste à geada e em condições ideais suas sementes germinam e estabelecem muito bem. É bastante palatável e bem aceita pelos animais. Porém deve ter cuidado com o pastejo devido essa boa palatabilidade, que pode comprometer a sua rebrota, principalmente se for sobrepastejada (rapada). A qualidade nutricional de sua forragem é muito boa, apresentando de 8 a 11% de proteína na matéria seca.
A ruziziensis apresenta alta susceptibilidade às cigarrinha-das-pastagens (Deois flavopicta e Zulia entreliana). Apresenta adaptação climática até 2.000m acima do nível do mar. A temperatura ótima para o crescimento é de 28 a 33oC, sendo afetada por temperaturas baixas e não resistente à geada.
A ruziziensis pode ser indicada para bovinos de recria e engorda. Devido a sua qualidade de forragem, além do pastejo direto, pode ser utilizada para prática de fenação. Quando em pastejo direto, deve-se ter muito cuidado, com a altura de pastejo, evitando a sua degradação.
Devido a algumas características, a ruziziensis, deixou de ser utilizada pelos pecuaristas, principalmente a sua susceptibilidade às cigarrinhas e a baixa capacidade de rebrota, principalmente quando sobrepastejada. Porém, devido a grande capacidade de germinação de suas sementes, principalmente em sobresemeadura, ou seja, plantio em área com outros cultivos (exemplo: em área de soja) e sobre uma cobertura vegetal (palhada para plantio direto), as suas sementes tem sido recomendada por vários técnicos em áreas de plantio direto e em áreas de integração lavoura-pecuária. Diversos agricultores tem utilizado as sementes de ruziziensis, em áreas de cultivo de soja, para cobertura vegetal no período de entressafra da cultura e como pasto para o inverno, mesmo antes da colheita do grão, nos meses de fevereiro e março, utilizando o plantio aéreo, com bons resultados. A forrageira proporciona excelente cobertura do solo, podendo ser utilizado a área como piquete para os animais durante o período de inverno (entressafra da cultura de soja), e em setembro-outubro as plantas de ruziziensis são "queimadas" com um herbicida a base de glifosato, proporcionado uma boa cobertura (palhada) para o plantio de soja novamente. Informações de produtores citam que a produção de grãos, em área de braquiárias, tem apresentado melhores rendimentos do que a produção de grãos em área exclusivamente agrícola (por exemplo: soja plantada em área de soja).
As condições de plantio referem-se ao preparo de solo, as condições climáticas da região (chuva, temperatura do solo e luminosidade), se o solo foi corrigido (calagem) e fertilizado, se há problemas com insetos (formigas, cupins, grilos, gafanhotos, lagartas, cigarrinhas, etc), se há problemas com a infestação de ervas daninhas, etc.
Estas informações deverão ser obtidas com o proprietário para recomendarmos a quantidade necessária de sementes no plantio, assim como a forma em que será plantada. Por exemplo: condições médias de plantio, utilizando-se uma plantadeira de milho e sementes com VC de 40%.
Para as áreas destinadas à integração lavoura-pecuária ou áreas cujo objetivo seja a cobertura vegetal (palhada) com a ruziziensis, a quantidade de sementes a serem utilizadas para o plantio, segue o mesmo padrão anteriormente citado.
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Familia | Genero | Especie | Cultivar | Nome Comum |
Poaceae | Brachiaria | ruziziensis | Ruziziensis | Ruziziensis |
MG-5 VitóriaBrachiaria brizantha cv. MG-5 Vitória ORIGEM Em 1996 a Matsuda iniciou o trabalho de avaliação e seleção de alguns acessos do Banco de Germoplasma de Brachiaria do CIAT (Centro Internacional de Agricultura Tropical), realizando ensaios e seleção destes materiais em diversos locais do Brasil.
O primeiro resultado desta seleção foi o cultivar MG-5 Vitória de Brachiaria brizantha, que nos acessos do CIAT tem o número 26110. Este material foi coletado por Keller-Grein do CIAT, em convênio com a ISABU (Instituição Nacional de Pesquisa de Burundi) da África, entre as cidades de Bubanza e Bukinanyama, no estado de Cibitoke / Burundi, nas coordenadas 020 53' S e 260 20' W na África. Este local está localizado a 1510m acima do nível do mar com uma precipitação média anual de 1710mm de chuvas. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS Este cultivar é uma gramínea perene, poliplóide de reprodução apomítica, pode ser pentaplóide segundo alguns trabalhos realizados, isto é, com cinco conjuntos de cromossomos, diferente do Marandu e MG-4 que são tetraplóides. Este conjunto a mais de cromossomo pode conferir a este cultivar excelente vigor vegetativo e alta produtividade. Crescimento entouceirado com talos prostrados que podem se enraizar quando em maior contato como o solo, pode atingir até 1,60m de altura, as folhas são lanceoladas com pouca pubescência, com inflorescência em forma de panícula que mede de 40 a 50cm e geralmente com 4 racemos.
Utilizada para pastejo direto pelos animais, silagem e fenação, sendo indicada para cria, recria e engorda de bovinos, não é aceita por eqüinos, ovinos e caprinos.
Os melhores resultados da MG-5 foram obtidos em pastagens rotacionados. Após 50 a 60 dias, aproximadamente, após a germinação das sementes, recomendamos, realizar o primeiro pastejo na MG-5, evitando o "acamamento" da grande quantidade de forragem produzida, prejudicando a sua rebrota. Este primeiro pastejo deverá ser feita por uma grande quantidade de gado, mas por pouco tempo (até a altura de 30cm do solo). No rotacionado os piquetes devem ficar entre 25 a 30 dias em descanso durante o período chuvoso e quente do ano, com 1 a 5 dias de utilização. Na seca e frio o tempo de descanso da área é bem maior. Em caso de pastejo contínuo a altura mínima de pastejo é cerca de 20cm, altura esta em que a quantidade de talos é maior do que a quantidade de folhas. Por ser um cultivar de ciclo tardio (demora a florescer) o uso desta pastagem durante o período chuvoso deve ser bastante intensificada, com alta pressão de pastejo (produção de forragem x quantidade de animais). Por apresentar florescimento tardio, a sua adaptação ao período seco é bem melhor também. O quadro 04 apresenta resultado comparativo, realizado pelo CIAT, de três cultivares de Brachiaria brizantha: QUADRO 04: Comparativo das principais características de três cultivares de Brachiaria brizantha.
Para o cálculo da quantidade desta semente no plantio recomendamos o uso do quadro de Fatores para Brachiaria sp. abaixo e a fórmula:
As condições de plantio referem-se ao preparo de solo, as condições climáticas da região (chuva, temperatura do solo e luminosidade), se o solo foi corrigido (calagem) e fertilizado, se há problemas com insetos (formigas, cupins, grilos, gafanhotos, lagartas, cigarrinhas, etc), se há problemas com a infestação de ervas daninhas, etc.
Estas informações deverão ser obtidas com o proprietário para recomendarmos a quantidade necessária de sementes no plantio, assim como a forma em que será plantada. Por exemplo: condições adversas de plantio, utilizando-se uma distribuidora de calcário e sementes com VC de 40%.
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Familia | Genero | Especie | Cultivar | Nome Comum |
Poaceae | Brachiaria | brizantha | MG 5 Vitória | MG 5 Vitória |
AtlasPanicum maximum cv. Atlas Nome científico: Panicum maximum Jacq.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS
É uma planta cespitosa de ciclo perene, com altura entre 1,5 a 2,0m, alto perfilhamento basal, colmo de diâmetro médio, comprimento do internódio curto, colmo com pouca cerosidade, folha apresentando pouca pilosidade na bainha, comprimento da lâmina também médio e de coloração verde-clara. O ciclo de florescimento é médio, com período definido para florescer (florescimento determinado).
O cultivar híbrido de forrageira Atlas é oriundo de cruzamento artificial, realizado em 1993, em casa-de-vegetação pela Matsuda, cruzando materiais fêmeas sexuadas de Tobiatã com K-68, acesso originário da Costa do Marfim/África, que nunca chegou a ser um cultivar comercial.
CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS
Como qualquer cultivar de Panicum maximum, o Atlas é exigente em fertilidade de solo, mesmo que tenha boa tolerância à saturação de alumínio no solo. Possui intenso perfilhamento basilar, rebrota vigorosa, boa tolerância à seca e excelente qualidade nutricional.
Recomendado para bovinos em fase de cria e engorda, assim como para eqüinos. Devido a sua tolerância ao alumínio do solo, desenvolve bem o sistema radicular, conferindo ao cultivar uma ótima rebrota e bom comportamento na seca.
Para o cálculo da quantidade desta semente no plantio recomendamos o uso do quadro de Fatores para Panicum maximum abaixo e a fórmula:
As condições de plantio referem-se ao preparo de solo, as condições climáticas da região (chuva, temperatura do solo e luminosidade), se o solo foi corrigido (calagem) e fertilizado, se há problemas com insetos (formigas, cupins, grilos, gafanhotos, lagartas, cigarrinhas, etc), se há problemas com a infestação de ervas daninhas, etc.
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Familia | Genero | Especie | Cultivar | Nome Comum |
Poaceae | Panicum | maximum | Atlas | Atlas |
Aveia PretaAvena strigosa
Europa.
Gramínea cespitosa, com colmos cilíndricos, eretos e glabra ou pouco pilosa, e raiz fasciculada ou em cabeleira. Inflorescência em panícula com glumas aristadas, e o grão é uma cariopse indeiscente encoberto pela lema e páleas.
Apesar de ser conhecida como planta de clima frio, trabalhos de melhoramento têm criado cultivares adaptados a regiões mais quentes, como o Centro-Oeste do Brasil com suprimento adequado de água. Temperaturas baixas na fase inicial de desenvolvimento favorecem o perfilhamento.
Vegeta bem em solo com pH de 5,0 a 7,0. A aveia não é muito exigente em relação a solos; entretanto, responde bem à adubação nitrogenada, fosfatada e potássica. Não tolera solos encharcados ou água estagnada. A aveia pode ser utilizada com a finalidade de cobertura do solo (viva ou morta), forragem ou produção de grãos. Os três principais tipos cultivados são a preta ( Avena strigosa ), a branca ( Avena sativa ) e a amarela ( Avena byzantina ). A aveia-preta, além de sua precocidade, rusticidade e resistência às principais enfermidades, produz uma elevada quantidade de massa verde. A sua produção de grãos é menor do que nas demais, servindo para sementes e/ou preparo de concentrados para animais. Quando manejada sob cortes, apresenta excelente produção de forragem no primeiro corte, baixando a produção nos seguintes. As aveias branca e amarela comportam-se inversamente, com bom rendimento no segundo e terceiro cortes. A aveia-preta é mais rústica, possui maior capacidade de perfilhamento, panícula mais aberta e semente menor, quando comparada à branca e à amarela. É bastante resistente à incidência de ferrugem e ao ataque de pulgões. Além disso, é mais resistente à seca e menos exigente em fertilidade sendo, portanto, mais indicada do que as outras duas para adubação verde. A aveia-preta pode ser cultivada solteira ou consorciada com azevém, ervilhaca, centeio, trevo, tremoço, etc. Além de melhoradora de solos, é empregada como regeneradora da sanidade diminuindo a população de patógenos, além de aumentar os rendimentos das culturas de verão. Por isso, é recomendada para rotação dentro do sistema de produção. É altamente eficiente na reciclagem de nutrientes. A época do plantio desta gramínea de inverno é a partir de março, podendo estender-se até maio em regiões mais quentes e em regiões mais frias pode ser semeada até junho. "A semeadura poderá ser realizada a lanço ou em linhas. Quando em linhas, recomenda-se utilizar um espaçamento de 20 cm, empregando-se em torno de 60 a 70 kg de sementes/ha. Quando for a lanço, será necessário 30 a 50% a mais de sementes. A profundidade é de 3 a 4 cm. O peso de 1.000 sementes é de 14 a 15 g" (Derpsch, 1.985). Quando o objetivo é a cobertura do solo ou a adubação verde, o manejo da fitomassa deve ser realizado na fase do grão leitoso. Isso ocorre entre 120 a 140 dias após a semeadura. Nessa fase normalmente não há grãos viáveis e ocorre o menor índice de rebrota após o manejo. Conforme o caso, a aveia pode ser incorporada (aração), cortada sobre o solo (rolo-faca) ou dessecada com herbicida com manejo posterior (aração, rolo-faca, roçadeira). Na produção de sementes é recomendável um espaçamento de 30 a 50 cm entre linhas, utilizando-se em torno de 40 a 50 kg de sementes/ha. Geralmente a colheita é efetuada mecanicamente, obtendo-se 500 a 1.000 kg/ha (aveia-preta) e 1.500 a 2.500 kg/ha (aveia-branca). O ciclo da cultura normalmente varia de 140 a 180 dias.
- Forrageira para os animais;
- Melhoria das características físicas e biológicas do solo; - Diminuição da população de nematóides (gênero Meloidogyne); - Efeito supressor e/ou alelopático a diversas invasoras; - Efeito residual favorável aos rendimentos da soja e do feijão. - A principal limitação relacionada com a adubação verde está na época de manejo que se não for seguida rigorosamente, poderá ocorrer rebrota.
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Familia | Genero | Especie | Cultivar | Nome Comum |
Leguminosae | avena | strigosa | preta comum |
Aveia Preta |