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LEGUMINOSAS
LEGUMINOSAS

Estilosantes Campo Grande

Descrição do Produto

O estilosantes Campo Grande é uma mistura de duas espécies de leguminosas, Stylosanthes capitata e S. macrocephala, coletadas em solos de Areia quartzosa e de baixa fertilidade, remanescentes de experimento anterior, que, após vários multicruzamentos, teve sua seleção definida.

O Stylosanthes macrocephala, que possui um crescimento mais horizontal, com folhas pontiagudas e flores, na sua maioria, amarelas; e o Stylosanthes capitata, possui hábito de crescimento mais vertical, com folhas mais arredondadas e flores que variam da cor bege ao amarelo. Ambas as espécies podem chegar a mais de um metro de altura e seu florescimento ocorre nos meses de abril e maio, respectivamente, e a principal característica da sua persistência é a ressemeadura natural, já que as suas plantas são predominantemente anuais e bianuais.

Por que foi desenvolvido?
Um dos maiores problemas enfrentados na pecuária de corte é a degradação das pastagens e o seu alto custo de manutenção, principalmente pela necessidade de uso de fertilizantes químicos nitrogenados, obtidos a partir de petróleo, recurso não-renovável, e custo comercial elevado.

O estilosantes é uma forrageira rica em proteína e executa uma função importante de absorver o nitrogênio encontrado na atmosfera e fixá-lo biologicamente no solo, reduzindo os investimentos em insumos agrícolas, contribuindo para a redução dos impactos ambientais e possibilitando maior ganho de peso nos animais.

Quais as vantagens de se plantar?
Além da característica de fixar nitrogênio no solo e de possuir alto teor protéico, o estilosantes Campo Grande ainda tem outras vantagens: 
• Ambientalmente correto; 
• Grande adaptação a solos arenosos e de baixa fertilidade; 
• Alta capacidade de ressemeadura natural; 
• Boa capacidade de persistência em consorciação com Brachiária decumbens; 
• Boa digestibilidade; 
• Tolerante a desfolha natural.

Como plantar?
Na consorciação, a taxa de semeadura do estilosantes Campo Grande deve ser de 2,5 a 3 kg por hectare. As sementes de estilosantes são pequenas e a profundidade de plantio não deve ser maior do que um centímetro. Recomenda-se a distribuição a lanço da gramínea e da leguminosa seguida da compactação do solo. Para as gramíneas dos gêneros Brachiária e Panicum, que germinam melhor em plantios mais profundos (Três a quatro centímetros), pode-se fazer a semeadura da gramínea a lanço e incorporar as sementes com uma grade niveladora, logo após, semear a leguminosa, também a lanço, na superfície e compactar.

O espaçamento comum para equipamentos mais tradicionais deve ser de 30 centímetros a 40 centímetros entre as linhas; para equipamentos mais modernos, que apresentam caixas independentes por linha, o plantio pode ser feito em linhas alternadas de 20 centímetros a 30 centímetros da gramínea e da leguminosa.

Para a utilização do Estilosantes Campo Grande na recuperação de pastagens, devem-se considerar duas situações básicas. A primeira, quando a recuperação é realizada com o preparo total do solo, onde a leguminosa é semeada a lanço ou em linhas e a gramínea retorna espontaneamente do banco de sementes existentes no solo. A segunda é a introdução sobre pastagens em plantio direto. Inicialmente rebaixar a gramínea com pastejo intenso e fazer o plantio com semeadeira com sulcador largo, iniciar com pastejo leve duas a três semanas após o plantio.

Manejo e ganho animal
É recomendável fazer o pastejo de formação entre 50 e 60 dias após o plantiu, para rebaixar a gramínea evitando que ela abafe o Estilosantes e prejudique o seu estabelecimento.

Nos meses de outubro a dezembro, período de crescimento e estabelecimento de gramíneas, os pastejos devem ser mais intensos a fim de que surjam novas plantas por ressemeadura natural. No final do período de chuvas e durante o outono, o pastejo deve ser mais leve contribuindo para a produção de sementes e maior oferta de forragem no período seco. O ganho animal nas consorciações é de 20% a 30% maior do que na gramínea pura sem adubação nitrogenada.

Feijão Guandu cv. BRS Mandarim

 

Descrição do Produto

O guandu é uma leguminosa da Índia e atualmente é cultivado em aproximadamente 50 países da Ásia, África e das Américas, principalmente em consórcio com cereais; Por ser uma leguminosa, tem a capacidade de fixar nitrogênio da atmosfera no solo, o que contribui para tornar o sistema mais eficiente e sustentável;

Características

Alto teor protético: tanto seus grãos como sua forragem contem aproximadamente 20% de proteína; Boa digestibilidade: aumenta o consume de nutrientes digestíveis totais, elevando o ganho de peso vivo; Opção para alimentação das criações na seca: o guandu possui raízes profundas (sistema radicular pivotante), que conseguem buscar água nas camadas mais profundas do solo. Isso contribui para uma produção satisfatória durante a estação seca do ano. Fácil implantação e manejo: como é uma planta rústica, o guandu se adapta bem a solos de baixa fertilidade, com correções mínimas e responde bem à adubação. Porém, não tolera alagamento e necessita de alta luminosidade durante a formação das vagens.

Plantio

A época de semeadura é determinada pelas condições climáticas e principalmente pela finalidade da cultura, em todos os casos, recomenda-se aplicar corretivos e fertilizantes com base na analise de solo. Para produção de forragem, quando se busca maior volume de massa verde, recomenda-se que seja semeado na estação chuvosa (dias longos), pois haverá tempo para o seu desenvolvimento vegetativo e o guandu poderá ser cortado ou pastejado ainda na mesma estação. Para produção de grãos ou sementes, o período de desenvolvimento vegetativo deve ser abreviado, pois o excesso de massa verde pode dificultar a colheita. Há ainda a possibilidade de reaproveitamento da massa verde e das sementes ou grãos na rebrota. Para recuperação e áreas degradadas: a época ideal de plantio vai depender da cultura principal, mas o guandu deve ter pelo menos um período de 60 dias de desenvolvimento vegetativo, para poder expressar seu potencial.

Usos

- Na alimentação animal, o uso do guandu tem aumentado consideravelmente em todo o mundo.

- Na recuperação de áreas degradadas.

Calopogônio Mucunoide cv. Comum

 

Descrição do Produto

O Calopogônio é uma leguminosa forrageira perene, rastejante de crescimento estival, nativa do trópico sul americano.

As folhas são trifoliolada e pilosas em ambas as faces, com formato elíptico e ovalada. Os caules são herbáceos, cobertos de pêlos de cor marrom, com capacidade de enraizamento nos nós que entram em contato com o solo. As flores são de cor azul, e surgem em racemos (cachos) de 4 a 12 flores. As vagens apresentam formato linear ou curvo, cobertas por densa pilosidade marrom e em torno de 5 a 8 sementes por vagem.

·         Clima e solo

É uma planta que cresce em clima quente e úmido, sendo cultivada nos trópicos desde o nível do mar até 2.000 m de altitude, embora seu melhor desempenho seja registrado entre 300 e 1800 m. É uma planta estival tornando-se perene em climas úmidos com precipitação acima de 1125 mm. Em regiões com estação seca ou ocorrência de geadas fracas, perde as folhas e pode morrer durante o período seco, mas se regenera na estação chuvosa, por ressemeadura natural, formando uma densa camada de vegetação num período de 4 a 5 meses.

A temperatura ótima de crescimento situa-se em torno de 30ºC, não tolerando geadas mais severas. Cresce em solos úmidos, apresentando boa tolerância a inundação. Adapta-se a solos leves e pesados, desenvolvendo-se bem em solos com pH 4,5 a 5,0 onde nodula bem com Rhizobium (inoculante) do grupo Cowpea.

·         Adubação de implantação

O calopogônio possui grande adaptação a solos de média fertilidade natural, sendo capaz de atingir 80% de seu rendimento máximo de forragem, sob 60% de saturação de alumínio e 4 mg de P/kg, além de ser tolerante ao manganês tóxico.

Porém, aconselha-se a corrigir a acidez por alumínio para 0,5 m.e. através do calcário dolomítico, visando fornecer magnésio para melhorar a disponibilidade do molibdênio e assim, auxiliando na fixação de nitrogênio.

A adubação fosfatada se faz necessário quando o teor de fósforo se apresente baixo, em torno de1 a 5 ppm de P, sendo recomendado entre 45 a 60 kg/ha de P205. Como fertilizante, usar de preferência o superfosfato simples que contem também o enxofre necessário as plantas. O superfosfato simples pode ser parcialmente substituído, aplicando-se cerca de 2/3 de P205 total na forma de fosfato natural. Neste caso deve-se elevar a quantidade total de P205 para 60 a 80 kg/ha.

Em solos com teores abaixo de 50 ppm  de potássio recomenda-se aplicar em torno de 0 kg/ha de K20 na forma de cloreto de potássio (50 kg/ha).

Se for utilizado somente o superfosfato simples como fertilizante fosfatado, este já conterá a quantidade suficiente do enxofre. Caso outra fonte de fósforo seja usada, será necessário suplementar a adubação com cerca de 30 kg/ha de flor de enxofre.

A aplicação de Zinco, Cobre, Boro e Molibdênio é de grande importância. Recomenda-se aplicar 5 kg/ha de sulfato de cobre, 5 kg/ha de bórax, e 300 a 500 g/ha de molibdato de sódio ou amônia supre as necessidades destes elementos. O molibdênio mesmo sendo necessário em uma pequena quantidade, é importante para uma boa fixa.

Os fertilizantes podem ser aplicados a lanço ou em sulcos, dependendo do tipo de plantio, mas é preferível incorporá-los para que as raízes das plantas atinjam camadas mais profundas. Aplicações muito superficiais podem prejudicar o crescimento das plantas e reduzir a sua capacidade de resistência a estiagem.

Adubações de manutenção poderão ser feitas a cada 3 anos para repor os nutrientes retirados, principalmente fósforo, potássio e micronutrientes.

·         Semeadura

Pelo fato de se tratar de uma espécie com desenvolvimento inicial lento, aconselha-se realizar o plantio logo após as primeiras chuvas entre os meses de Outubro e Novembro, já no caso de plantio convencional (sem consórcio com outras culturas) o plantio pode se estender até o final de Janeiro, evitando prolongar este período para não prejudicar na ressemeadura natural.

No caso de plantio consorciado com outra forrageira, recomenda-se semear as duas espécies com plantadeira, atendendo-se as proporções recomendadas de sementes. Pode-se também distribuir as sementes a lanço, na superfície, incorporando-as ao solo com uma grade leve.

A profundidade de plantio é entre 02 a 06 cm, pois plantios superficiais não proporcionam bom estabelecimento. Estas profundidades de plantio são obtidas com a plantadeira ou incorporando as sementes com grade leve.

A germinação se inicia 5 a 10 dias após o plantio.

 

·         Manejo

Em caso de consórcio com outras gramíneas, em torno de 40 a 50 dias após a germinação da leguminosa, deve-se iniciar um pastejo leve com 1 a 2 cabeças/ha, para controlar o crescimento da gramínea e abrir espaço para o Calopogônio.

De acordo com o crescimento do capim, deve-se aumentar a lotação dos animais, sendo que deverá retirar os animais da área até meados de Março para proporcionar o crescimento livre do capim e da leguminosa, já que o florescimento do Calopogônio em meados de Abril (em Campo Grande/MS). Recomenda-se o descanso de 30 dias, visando uma boa produção de sementes da leguminosa e acúmulo de forragem verde para se utilizar na seca.

Após uma produção abundante de sementes do Calopogônio no primeiro ano, pode ser utilizada uma lotação de 2,0 a 2,5 UA/ha no período chuvoso (de Outubro a Março). Recomenda-se um pastejo leve com 1,5 a 2,0 UA/ha entre os meses de Abril a Setembro para descanso das forrageiras.

Este manejo deve-se realizar anualmente, de tal forma que o Calopogônio tenha um crescimento intenso e assim, apresente uma boa fixação de nitrogênio, objetivando aumentar o ganho animal e prolongar a vida útil da pastagem.

·         Pragas e doenças

O Calopogônio sofre um ataque bastante intenso de vaquinhas e algumas espécies de lagartas, mas estas pragas, de um modo geral, pouco afetam a sua produção e persistência. Em consorciações com gramíneas estão sendo realizados estudos para verificar o seu efeito sobre a população de cigarrinhas das pastagens. Em certas ocasiões esta leguminosa pode ser atacada por viroses, fato, no entanto considerado raro.

 

Lablab 

 Detalhes: Lablab purpureus(L) Sweet é uma leguminosa anual ou bianual, originária da África, herbácea, com inflorescência de rácemos axilares pedunculados, flores de cor branca, rosada ou violácea. Desenvolve-se, melhor, em solos bem drenados e férteis. É empregada, com êxito, como adubação verde, para restauração de terras pobres; sendo, também, utilizada como forragem nos meses de inverno. Não tolera o fogo e o frio excessivo.
Embalagem: 20 Kg
Família: Fabaceae
Ciclo: Anual
Forma Crescimento: Trepador
Época: Outubro a Dezembro
Fertilidade do Solo: Baixa
Profundidade: Até 2,5 cm
Massa Verde: 25 a 35 t
Proteína: 16 %
Utilização
    Tipo
: Consorciação e Adubação Verde
    Animais: Bovinos
Resistência
    Seca
: Média
    Geada: Média
Entrada de Animais: 60 cm
Saída de Animais: 20 cm
Recomendação
    Semente Não Revestida: 25 a 30 Kg/há
Consorciação: Milho, Sorgo, Mandioca, Milheto e Capim Sudão

 

MUCUNA PRETA 
 
 Detalhes: A Mucuna Preta, originária da África é uma leguminosa anual que não é tão exigente quanto à fertilidade do solo, porém não tolera os de baixa drenagem. Devido ao efeito alelopático é usada no controle de nematóides e invasoras. A associação de adubos verdes a fertilizantes minerais, como fonte de N para as culturas, visa à racionalização no uso das fontes minerais, sem prescindir de produtividades elevadas. Indicada para solos arenosos e argilosos de baixa a média fertilidade.
Embalagem: 20 Kg
Família: Fabaceae
Ciclo: Anual
Forma Crescimento: Trepador
Época: Outubro a Fevereiro
Fertilidade do Solo: Fraco
Massa Verde: 40 a 50 t
Proteína: 18 a 20 %
Utilização
    Tipo
: Adubação Verde-Nematoide
Resistência
    Seca
: Alta
    Geada: Média
Recomendação
    Semente Não Revestida: 60 a 80 Kg/há
Consorciação: Milho e Sorgo
 
SOJA PERENE
 

    Detalhes: A Neonotonia wightii é uma leguminosa de origem Africana, bastante utilizada em pastagens consorciadas. Foi introduzida no Brasil na década de 50. Apresenta alto valor forrageiro em pastagens. É uma planta trepadora, que se desenvolve bem em regiões de altitudes elevadas; não tolera solos com drenagem deficiente, e alta concentração de alumínio. Exigente quanto à fertilidade. Apresenta crescimento inicial lento, e rápido, após estabelecimento. Sua produção de massa verde é excelente, com boa palatabilidade e digestibilidade. Seu feno é de boa qualidade, sendo bastante utilizado na alimentação animal. Nos climas quentes, produz sementes que germinam facilmente, mas a planta pode também propagar-se a partir de estacas e de raízes.
Embalagem: 10 Kg
Nome Científico: Neonotonia wightii
Família: Fabaceae
Ciclo: Perene
Forma Crescimento: Trepador
Época: Outubro a Janeiro
Fertilidade do Solo: Fértil
Profundidade: Até 0,5 cm
Massa Verde: 25 a 40 t
Proteína: 15 a 20 %
Utilização
    Tipo
: Consorciação

    Animais: Bovinos e Equinos
Resistência
    Seca
: Média

    Geada: Média
Entrada de Animais: 40 cm
Saída de Animais: 20 cm
Recomendação
    Semente Não Revestida: 04 a 05 Kg/há
Consorciação: Panicuns, Setária, Rhodes e Brachiárias

 

Java

Macrotyloma axillare cv. Java
(JAVA)

Nome científico: Macrotyloma axillare E.Mey (Verdc)
Cultivar: Java
Registro no SNPC/MAPA: 16167
Cultivar Protegido sob o no: 21806.000348/2004-33 em 29/04/2004
Certificado de Proteção: 00605
Fertilidade do solo: Baixa
Forma de crescimento: trepador volúvel e semi-ereto
Altura: Em torno de 40cm
Utilização: Em pastejo associado com gramíneas
Digestibilidade: Alta
Palatabilidade: Média a baixa (favorece a persistência na consorciação)
Precipitação pluviométrica: Acima de 900 mm anuais
Tolerância à seca: Boa
Tolerância ao frio: Média
Teor de proteína: 18 a 23% na MS
Profundidade de plantio: 2,0cm
Ciclo vegetativo: Perene
Produção de forragens: 5 a 9 t/ha/ano de matéria seca
Solos úmidos: Requer solos bem drenados
Consorciação: Com gramíneas, principalmente dos gêneros Brachiaria sp. e Panicum maximum


ORIGEM

        O cultivar Java é uma leguminosa híbrida, de ciclo perene, obtida através do cruzamento artificial de dois cultivares de Macrotyloma axillare, realizado em 1999.
        Foram cruzados em ambiente controlado, em casa-de-vegetação, os cultivares Archer e Guatá. O primeiro foi lançado comercialmente na Austrália, país que possui uma grande área árida e o segundo cultivar, o Guatá, é um lançamento do Instituto de Zootecnia (IZ) de Nova Odessa-SP.
        Este Instituto colaborou com o desenvolvimento deste cultivar, conhecido mundialmente pela sua grande colaboração à pecuária paulista e brasileira, que no ano de 2005 comemorou o seu centenário de fundação.
        Deste cruzamento foram selecionados indivíduos superiores, ou seja, plantas com as melhores características morfo-agronômicos. Desta seleção, deu-se início a produção de linhagens ou progênies puras dos genótipos superiores.
        Nos anos de 1999 e 2000 foram estabelecidas parcelas experimentais em Álvares Machado-SP, Mirante do Paranapanema-SP e Jateí-MS, para avaliação das linhagens selecionadas.
        O IZ auxiliou na avaliação de fixação de nitrogênio e da necessidade de Bradyrhizobium específico para este cultivar. Avaliou ainda o comportamento da Java em presença de nematóides, fungos, bactérias e insetos.
        

        
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

        A Java é uma planta perene, herbácea, trepadora volúvel, com ramos de fina pubescência, folhas trifoliadas, com folíolos elípticos de 6,1cm de comprimento e 3,5cm de largura, de aparência carnosa e levemente pubescênte em ambas as faces, pecíolos de 5,2cm, pubescentes, folhas com estípolas e estipelas.
        A inflorescência é racemosa com flores de cor amarela pálida esverdeada pedunculada tendo 2 a 6 por inflorescência, com cálice pubescênte, estandarte oblongo e auriculado na base com 13mm de comprimento e 10mm de largura, asas tão longas quanto a quilha com cerca de 12cm de comprimento, vagem de 3 a 5cm por 6 a 8mm de largura com pubescência e contendo 7 a 8 sementes de 3 a 4mm de comprimento por 2,5mm de largura.

        

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS

        Planta adaptada a clima tropical e subtropical com precipitação acima de 900mm anuais, sensível a geada, recuperando-se bastante bem após a ocorrência da mesma.
        Outra característica importante desta leguminosa é sua boa adaptação a solos de baixa fertilidade, arenosos e ácidos, porém responde muito bem a adubação e em solos de boa fertilidade.
        Apresenta palatabilidade média a baixa, fator que auxilia na persistência da leguminosa, principalmente em associações com gramíneas e cresce em qualquer tipo de solo, desde que bem drenados.
        Tolera bem a seca e responde a adubação de fósforo e potássio. Planta bastante vigorosa e agressiva, produz flores e sementes durante todo o ano, concentrando o florescimento em junho.
        As vagens são deiscentes e elásticas e na maturação "atiram" as sementes às distâncias consideráveis (até 1m), promovendo uma expansão natural do cultivar na área. O potencial de produção de sementes é em torno de 350 a 500 kg/ha/ano.
        A Java produz mais biomassa que o cultivar australiana Archer (5 a 6t/ha/ano), sendo mais tolerante a ataques de nematóides. Outra importante característica desta leguminosa é a sua classificação como promíscua para Bradyrhizobium, isto é, utiliza-se de qualquer bactéria do solo para fixar nitrogênio.    
    


UTILIZAÇÃO E MANEJO


        O principal uso da Java é em associações com gramíneas forrageiras, principalmente as Brachiaria. Há inclusive uso desta leguminosa associada com humidícola, tido como um pasto bastante agressivo e estolonífero.
        Não recomendamos o uso da Java como banco de proteína por causa da baixa palatabilidade deste material, fator este que favorece a sua persistência em associações com as gramíneas.
        A disseminação de suas sementes e a capacidade de fixar nitrogênio com qualquer bactéria do solo favorece também esta associação com gramíneas. As pastagens consorciadas ou associadas com as leguminosas possuem a vantagem de melhorarem a sua qualidade nutricional, por conta do nitrogênio fixado, mesmo que não haja consumo por parte dos animais.    
        Caso haja o consumo involuntário pelos animais, uma vez que a Java possui hábito trepador, a dieta consumida pelo animal também aumenta, pois a leguminosa possui maior teor de proteína.
        Isso ocorre, por exemplo, com a humidícola que possui cerca de 3% somente de proteína. Quando associamos coma a Java que possui de 18 a 23% de proteína, a dieta dos animais aumenta por causa do consumo da leguminosa, mesmo que seja em pouca quantidade. O teor de proteína consumida pelos animais depende da quantidade ingerida de Java, mas pode atingir facilmente de 6 a 10% nesta associação.



QUANTIDADE DE SEMENTES NO PLANTIO


        Para o estabelecimento da leguminosa Java em associação com as gramíneas, recomendamos que seja utilizada 4kg/ha de sementes. Não recomendamos o uso de Java em plantio solteiro, ou seja, como banco de proteína devido a sua baixa palatabilidade.
        Estas sementes devem ser misturadas às sementes de gramíneas antes do plantio, procurando uniformizar muito bem esta mistura, para que a germinação seja uniforme e tenha a presença da Java em toda a área.
 
        No caso de se implantar as sementes de Java em um piquete já estabelecido, a recomendação é a seguinte:
  • Promover o sobrepastoreio ("rapar") da área, rebaixando o máximo possível a pastagem existente. Este procedimento deverá ocorrer antes do período chuvoso.
  • Com a normalização do período chuvoso, com boa intensidade luminosa e calor promover o plantio das sementes de leguminosa nesta área.
  • Este plantio poderá ser feito de várias maneiras. Uma das maneiras é utilizando uma plantadeira de plantio direto. Outra maneira é o plantio manual com a ajuda de uma matraca. Em ambos os casos a profundidade de plantio deverá ser em torno de 2 a 3cm.
  • A terceira maneira de se promover este plantio é fazendo o plantio a lanço, utilizando-se um aplicador de calcário (ex. Vicon, Lancer, etc) ou mesmo manualmente. Neste caso o plantio deverá ocorrer obrigatoriamente com o solo molhado. A incorporação destas sementes é de suma importância e poderá ser feita através de animais. Com ajuda de dois ou três campeiros, pegue um lote de animais com 300 a 400kg e caminhe na área sobre as sementes, fazendo com que as patas destes animais incorporem as mesmas.
  • Como o pasto está rapado devido o sobrepastoreio, as plantas irão demorar em rebrotar e este é o tempo necessário para que as sementes da Java germinem, originando novas plantas que transformarão o piquete solteiro em uma área associada.
 

 

Classificação Botanica

Familia Genero Especie Cultivar Nome Comum

Fabaceae

Macrotyloma axillare Java Java

 

Arachis Pintoi

O Arachis Pintoi é indicado para cobertura de solos em culturas perenes como pomares, com o objetivo de controlar erosões, competir com as ervas daninhas e fixar nitrogênio atmosférico, além de servir como forrageira.

Novo científico: Arachis pintoi Krapov. & W. C. Greg.
Origem: América do Sul
Nome comum: Amendoim Forrageiro Perene
Produção de forragem: 5 a 8 ton. MS/ha/ano
Fixação de Nitrogênio: 60 a 150 Kg N/ha/ano
Teor de Proteína na matéria seca: 15 a 22%
Digestibilidade: 62 a 73%
Quantidade de semente: 8 a 12% Kg/ha

 

Classificação Botanica

Familia Genero Especie Cultivar Nome Comum
Leguminosae Arachis pintoi krapov arachis pintoi
Arachis Pintoi
 

Crotalária

Crotalaria juncea cv. Comum
( CROTALÁRIA JUNCEA )

Origem: Índia e Ásia Tropical
Nome científico: crotalaria junceae
Ciclo vegetativo: Anual (210 a 240 dias)
Fertilidade do solo: Média a alta (solos bem drenados)
Forma de crescimento: Ereto, subarbustivo
Utilização: Tóxica aos animais pode ser usada para adubação verde, prod. de fibras e controle de nematóides
Altura: 2,0 a 3,0 m
Precipitação pluviométrica: Acima de 800 mm
Tolerância a seca: Alta
Tolerância ao frio: Média
Tolerância ao encharcamento: Baixo
Profundidade de plantio: 2 a 3 cm
Produção de forragem: 30 t MS/ha/ano
Produção de fibra: 2,5 t/ha
Fixação de Nitrogênio: 150 kg/ha/ano


ORIGEM

   

Originária da Índia tropical (explorada como planta têxtil).



CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

 

Leguminosa subarbustiva, de porte alto (2,0 a 3,0 m), pubescente de caule ereto, semilenhoso, ramificado na parte superior, com talos estriados. Folhas unifolioladas (simples), com pecíolo quase nulo, sésseis, elípticas, lanceoladas e mucronadas; nervura principal fortemente pronunciada. Flores de 2 a 3 cm de comprimento (15 a 50 por inflorescência). Vagens longas, densamente pubescentes, com 10 a 20 grãos de coloração verde-acinzentado, reniformes, de face lisa.

    

 

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS

 

É uma leguminosa anual, de crescimento inicial rápido, com efeito alelopático e/ou supressor de invasoras bastante expressivo.
Planta de clima tropical e subtropical, não resistindo a geadas. Tem apresentado bom comportamento nos solos argilosos e arenosos.

Semear de setembro até dezembro, nas regiões onde ocorrem geadas a partir de abril/maio; em locais onde não ocorrem geadas, pode ser semeada até março/abril.
Pode ser cultivada solteira, consorciada com milho, mandioca, etc, ou intercalada ao cafeeiro e outras culturas perenes. Semeia-se a lanço, em linhas ou, em alguns casos, com matraca (registro todo fechado). Quando em linhas, recomenda-se um espaçamento de 25 cm, com 20 sementes por metro linear (40 kg/ha de sementes). O peso de 1.000 sementes é de 50 gramas.

A Crotalária em algumas situações apresenta problemas com a lagarta Utetheisa ornatrix, que ataca as inflorescências e as vagens, e alguns casos de Fusarium sp. que causa a murcha e o tombamento das plantas.
Para os problemas com Fusarium recomenda-se a rotação de cultivos ou a utilização de variedades resistentes.

 

No estado de São Paulo é empregada principalmente nas áreas canavieiras com problemas de nematóides obtendo-se bastante êxito na diminuição das populações desses organismos do solo.

 

O manejo deverá ser feito na fase de plena floração (110 a 140 dias), com rolo-faca, incorporação através da aração, roçadeira, ou corte com enxada ou gadanho.

 

Para produção de sementes, recomenda-se o plantio de 15 a 20 sementes por metro linear, com um espaçamento de 40 a 50 cm entre linhas (20 a 30 kg/ha de sementes). A colheita poderá ser feita manualmente ou através de colheitadeira, quando mais de 70% das vagens estiverem secas.
O ciclo completo varia de 210 a 240 dias.



VANTAGENS 

 

Crescimento relativamente rápido e um importante efeito supressor e/ou alelopático às invasoras. Tem produzido elevada fitomassa, adaptando-se bem em diferentes regiões. Por seu rápido desenvolvimento é um cultivo de notável valor para cobertura do solo e adubação verde. Nos EUA tem sido empregada para silagem.
Quando cultivada por muito tempo no mesmo local, intensificam-se os problemas fitossanitários (especialmente com Fusarium spp). Às vezes, ventos fortes poderão causar o tombamento das plantas.


    

 

Classificação Botanica

Familia Genero Especie Cultivar Nome Comum
Leguminosae crotalaria junceae crotalária Crotalária
 

Mineirão

Origem: América Central e do Sul
Nome científico: Stylosanthes guianensis cv. Mineirão
Fertilidade do solo: Baixa, média e alta
Altura: 1,2 a 1,6 m
Utilização: Pastejo
Digestibilidade: Boa
Palatabilidade: Muito boa
Precipitação pluviométrica: Acima de 700 mm anuais
Tolerância a seca: Alta
Tolerância ao frio: Média
Teor de proteína na Matéria Seca: 8 a 12%
Consorciação: Brachiarias e Andropogon
Profundidade de plantio: 1 a 2 cm
Ciclo vegetativo: Perene
Produção de forragem: 10 a 13 ton. MS/ ha/ ano
Fixação de Nitrogênio: 30 a 196 Kg N/ ha/ano

 

Classificação Botanica

Familia Genero Especie Cultivar Nome Comum

Fabaceae

Stylosanthes guianensis Mineirão Mineirão
 

Puerária

Origem: Sudeste da Ásia, Malásia e Indonésia
Nome científico: Pueraria phaseoloides
Fertilidade do solo: Baixa, média e alta
Forma de crescimento: Rasteiro e trepador
Utilização: Pastejo, feno, ensilagem e adubo verde
Digestibilidade: Muito boa
Palatabilidade: Muito boa
Precipitação pluviométrica: Acima de 900 mm anuais
Tolerância a seca: Alta
Tolerância ao frio: Baixa
Teor de proteína na matéria seca: 14 a 16%
Consorciação: Com todas as gramíneas forrageiras
Profundidade de plantio: 1 a 2 cm
Ciclo vegetativo: Perene
Plantio: A lanço ou em linha espaçadas de 0,5 a 1,0 m
Produção de forragem: 8 a 10 ton. MS/ ha/ ano
Fixação de Nitrogênio: 100 Kg/ N/ ha/ ano
Quantidade de semente: Consorciado 3 a 5 Kg/ha

 

Classificação Botanica

Familia Genero Especie Cultivar Nome Comum

Fabaceae

Pueraria phaseoloides Puerária Puerária
 

Alfafa

Alfafa (Crioula)

Origem: Ásia Central e Armênia
Nome científico: Medicago sativa
Fertilidade do solo: Alta
Forma de crescimento: Herbáceo
Altura: 0,35 a 0,70
Utilização: Pastejo e Feno
Digestibilidade: Excelente
Palatabilidade: Excelente
Precipitação pluviométrica: Acima de 800 mm anuais
Tolerância a seca: média
Tolerância ao frio: Alta
Teor de proteína na matéria seca: 15 a 20%
Profundidade de plantio: 1 a 2 cm
Ciclo vegetativo: Perene
Produção de forragem: 14 a 24 ton. MS/ ha/ ano
Fixação de Nitrogênio: 127 a 333 Kg N/ ha/ ano

 

A alfafa é uma cultura que produz bastante MS, entorno de 20-30t/ha/ano. Só que para isto requer bastantes tratos culturais (adubação, correção do solo, controle de ervas daninhas, pH elevado etc). Ela exige solo bem profundo e com boa drenagem, e seu VC é de  80%.

É recomendado que as adubações de manutenção em alfafa seja alanço, em toda a área cultivada.



Plantio

Espç: 15 a 30cm numa densidade de 20kg/ha de semente, entorno de 140 a 150 planta por metro linear.
A época de semeadura é no outono. Maio a Agosto.


O norte do Paraná e a maior região produtora de feno da alfafa e a maioria dos alfafais são plantados alanco, porque a produtividade do alfafal deve ser maior e melhor se houver uma distribuição uniforme das plantas, porem e recomendado que os solos sejam menos infestados por ervas daninhas.
A)    Plantio manual, devera ser realizado por pessoas com experiências, caso contraria, devera parcelar a área em lotes menores e fazer o teste, calculando sementes por área, por exemplo, se a recomendação de sementes e de 20kgha (10.000m2), prepare-se um lote de 100m2 (10 x 10 ) e semeia-se 200g de sementes e verifique-se assim a distribuição das sementes.
B)    Semeadura mecânica,  e realizada através de equipamento de distribuição de calcário ou adubos, que devem ser acoplados ao hidráulico dos tratores. Como na maioria dessas maquinas a sua regulagem mínima não chega a 20kgha, e necessário fazer a mistura com material inerte, como areia, de preferência usar produtos que possuem densidade semelhante às sementes e poderá ser utilizado o calcário.
C)    Plantio em linha, espaçamento ideal 20 - 30 cm de acordo com a capina manual que será utilizada, utiliza-se de 150 - 200 sementes por metro linear.


Manejo pós-semeadura

A persistência da alfafa está diretamente ligada ao seu manejo.
A alfafa devera ser cortada quando estiver, com a área florescida em torno de 50%, sendo o primeiro cortado de 8-10cm de altura, (entorno de 90 a 120dias após a germinação), pois assim lhe proporcionará maior desenvolvimento do seu sistema radicular, o que resultara maior captação de nutriente, maior resistência à seca e principalmente maior produção de matéria seca MS.
Durante o inverno a alfafa não floresce muito, devendo ser cortada quando a  brotação estiver superior a 5cm.
Os corte devem ter o espaço de descanso entorno de 35 a 42dias.    


 

 

 

Classificação Botanica

Familia Genero Especie Cultivar Nome Comum

Fabaceae

Medicago sativa Alfafa

Alfafa

Leucena

Leucaena leucocephala
( LEUCENA )

 
Fertilidade do solo: Baixa, média a alta (solos bem drenados)
Forma de crescimento: Arbóreo-arbustivo
Altura: 2,0 a 8,0 m
Utilização: Pastoreio, silagem e adubação verde
Restrição: É tóxico para monogástricos
Precipitação pluviométrica: Acima de 700 mm anuais
Digestibilidade: Boa
Palatabilidade: Excelente
Tolerância a seca: Alta
Tolerância ao frio: Média
Teor de proteína: 21 a 24% na MS
Profundidade de plantio: 1 a 3 cm
Ciclo vegetativo: Perene
Produção de forragem: 15 a 20 t MS/ha/ano
Fixação de Nitrogênio: 300 kg/ha/ano.

ORIGEM

América Central - nativa da Península de Yucatã, no México, espalhando-se ao redor do Golfo do México e ilhas do Sul do Caribe.

 

CARATERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

Leguminosa de arbustiva a arbórea, com folhas bipinadas, com 15 a 25 cm de comprimento, ráquis pubescentes, 4 a 8 pares de pinas de 5 a 10 cm de comprimento, 10 a 15 pares de folíolos oblongo-lineares, agudos e inequiláteros, estípulas triangulares, glabras; flores brancas agrupadas em uma cabeça globular, solitária, axilar, longo-pedicelada; vagens finas, achatadas, acuminadas, com 15 a 25 sementes. As sementes são elípticas, comprimidas, de coloração marrom brilhante; sistema radicular profundo e bem desenvolvido, com elevada capacidade de fixação de nitrogênio.

 

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS

Leguminosa perene de clima tropical e subtropical, crescendo bem em regiões úmidas, embora desenvolvam-se também em locais secos. Suporta geadas leves. Desenvolve-se em altitudes de 150 m, nas regiões chuvosas, até 300 m, no locais mais secos, chegando até 1.500 m. A precipitação poderá variar de 700 a 4.000 mm/ano. É sensível à temperatura, preferindo locais quentes.

Em regiões que ocorrem geadas severas, as plantas poderão queimar, apesar de ter grande capacidade de rebrota. Normalmente, em condições favoráveis, tem desenvolvimento vegetativo em todo o transcorrer do ano (diminuindo o crescimento no outono/inverno).

 
A leucena contém um aminoácido de propriedades fenólicas, a mimosina, cuja concentração varia de 2 a 5% (na matéria seca) em coleção mundial de linhagem. Na Austrália, para evitar a ocorrência de queda de pêlos nos bovinos, recomenda-se o uso de iodeto de potássio ou inoculação de bactéria específica que degrada a mimosina no rúmen. Por isso, é recomendável controlar a quantidade de leucena a ser administrado aos animais.
 
Adapta-se aos diferentes tipos de solos, não tolerando encharcamento e áreas com elevados teores de alumínio trocável. Tolera a acidez, mas exige Ca e Mg como nutrientes em doses altas, crescendo bem em condições de baixa fertilidade.

 

O plantio é recomendado de setembro até dezembro. Poderá ser feito manual ou mecanicamente (sementes), ou por mudas (covas). Utiliza-se um espaçamento de 1,5 m entre linhas e 18 a 20 sementes/metro linear, com um consumo de 8 kg/ha de sementes. O peso de 1.000 sementes é de 42 a 50 g.

Quando o objetivo é a formação de pastagens, utiliza-se espaçamento de 2 a 5 m, plantando-se uma gramínea no intervalo. Pode-se optar por filas duplas de leucena (1 m entre linhas), espaçadas de 2 a 5 m entre cada fila dupla. Pode-se adotar o mesmo espaçamento para adubação verde, efetuando-se o corte e esparramando-se a cobertura morta na superfície do solo. Pode ser utilizada ainda como lenha, cabo de ferramentas, etc.

Para quebrar a dormência recomendável que as sementes de leucena sejam previamente tratadas com água quente (60 a 80º C por 15 a 30 minutos) para quebra de dormência. Após isso, deve-se efetuar a inoculação com rizóbio específico, utilizando cerca de 5 g de inoculante/kg de sementes. Pode-se efetuar a peletização das sementes com calcário (125 g/kg de leucena).

A leucena é de crescimento inicial lento, devendo ficar livre de competição com invasoras até atingir um bom desenvolvimento.
 
O manejo dependerá do que se pretende fazer com a leucena. Normalmente após o quinto mês de crescimento (1,5 m de altura), pode ser feita a 1ª poda (pastejo direto ou corte para ensilagem ou para adubação verde). Quanto ao pastejo direto, deve-se tomar precaução no sentido de que a leucena não exceda a 20% da dieta alimentar dos animais. Deve-se observar intervalos para rebrota das plantas, do contrário poderão sofrer sérios danos.
 
Quando cortada, deve-se observar uma altura de 5 cm acima do solo (1º corte). O segundo corte, 5 cm acima do primeiro (ramos com 6 a 8 mm de diâmetro), e os demais sempre 5 cm acima do anterior.
 
Os cortes deverão ser estabilizados a  50  cm  do  solo;  quando  isso ocorrer, os ramos que crescerem abaixo deste ponto não deverão ser cortados, para que não seja prejudicada a rebrota, A forma de utilização na alimentação animal poderá ser:
ü    Pura: cortada e distribuída no campo, sem desintegrar;
ü    Desintegrada: mistura com cana ou napier (2,5 kg/100 kg de peso vivo);
ü    Farinha: desintegrada, desidratada em terreiros (13% de umidade), acondicionada em recipientes herméticos (sacos plásticos, etc.). Posteriormente pode ser servida no cocho em mistura com cana, napier.
ü    Silagem: cortada de manhã, ensilada à tarde com milho, sorgo ou outra gramínea na proporção de até 30% da mistura.
Quando para adubação verde, ramos com as folhas (cobertura morta) deverão ser deixados na superfície do solo para posterior plantio da cultura principal (milho, feijão), em plantio direto (matraca); ou incorporados pela aração para posterior plantio convencional. Neste último caso principalmente, a leucena é plantada em filas duplas, sendo cortada e jogada nos intervalos para posterior incorporação. É bastante promissora quando intercalada ao cafeeiro, melhorando a fertilidade do solo, funcionando como quebra-vento e sombreando as plantas.
 
Normalmente não tem apresentado problemas que comprometam o seu desenvolvimento.
Na produção de sementes é bastante eficiente, chegando a render de 300 a 800 kg/ha (viabilidade de 2 a 3 anos). Há variedades que produzem sementes em julho/agosto, enquanto outras produzem o ano todo.


VANTAGENS E LIMITAÇÕES

É uma leguminosa bastante rústica, altamente produtiva, com boa capacidade de rebrota, elevada fixação de nitrogênio (400 a 1.000 kg/ha/ano) que poderá ser aproveitado pelo café, pelo milho e outras culturas. Além do emprego como adubo verde, produz forragem de elevado valor protéico (20 a 34%), chegando a produzir mais de 100 ton./ha/ano de massa verde.

Possui um sistema radicular bastante profundo que além de absorver água nas camadas mais inferiores, promove a reciclagem dos nutrientes, que de outra forma não seriam aproveitados pelas culturas anuais.    É uma planta tolerante à seca, altamente nutritiva, com elevado teor de caroteno (precursor da vitamina A), eficiente na alimentação de aves, coelhos, ovinos e bovinos.

 

 

Classificação Botanica

Familia Genero Especie Cultivar Nome Comum

Fabaceae

Leucaena leucocephala Leucena Leucena
 

Considerada a mais importante leguminosa semeada com gramíneas em pastagens de clima temperado, o Trevo-Branco (Trifolium repens L.) destaca-se pela sua alta produção de forragem e pelo seu elevado valor nutritivo. Por se tratar de uma cultivar de alta produção com risco de timpanismo, é uma forrageira muito utilizada na pecuária de corte e leiteira, em sistemas intensivos consorciado com gramíneas e em sistemas de pastoreio controlado. Também é valorizada para uso sob lotação contínua, pois é adaptada para produzir sob condições de desfolhação intensa, incrementando a palatabilidade e o teor de proteína da forragem colhida pelos animais.

O trevo-branco tem elevado valor nutritivo, sendo rica fonte, além de proteína, também de cálcio, fósforo e caroteno. Comparado com pastagem de gramínea adubada com nitrogênio, as misturas de gramíneas/trevo têm, geralmente, índices mais elevados de proteína, minerais, incluindo pectina e lignina, porém, índices mais baixos da celulose e hemicelulose.

Leguminosa perene e estolonífera. Suas folhas são compostas por folíolos ovais e glabros, com margens denteadas e mancha esbranquiçada em forma de meia lua na face superior da folha. A inflorescência é um capítulo com muitas flores brancas ou rosadas. Possui sementes muito pequenas de cor limão-pálido, com 1 a 1,5 mm de comprimento e 0,9 a 1,0 mm de largura. Em pastagens permanentes as plantas de trevo-branco persistem, de forma geral, na forma de um estolão principal ou planta-mãe com crescimento predominantemente apical. Em climas temperados, o trevo-branco é um exemplo clássico de uma espécie clonal que se reproduz vegetativamente, com mínima dependência sobre a reprodução sexual.

De clima temperado e subtropical, o trevo-branco não resiste a altas temperaturas e é razoavelmente tolerante à geada e ao sombreamento. A temperatura adequada para o crescimento está entre 20 e 25ºC. Tolera seca moderada, mas não severa. Não obstante, a recuperação do trevo pode ser rápida depois do término da seca.

O trevo-branco não é uma leguminosa pioneira, mas adaptada a boas condições de fertilidade de solo. Também é exigente em fósforo e para sua implantação é fundamental realizar inoculação. Esta leguminosa é geralmente mais sensível do que as gramíneas às deficiências de fósforo e potássio e muito sensível à acidez do solo.As cultivares de trevo branco com folhas grandes, como a Estanzuela Zapicán, são as mais usadas em sistemas pastoris de clima temperado, possuem um bom crescimento hibernal, floração abundante e tardia. Sua persistência dependerá do ambiente local. Esta alta adaptação da espécie nestes sistemas se deve as características das cultivares de trevo com folhas grandes, como fácil estabelecimento, alto valor nutritivo, excelente tolerância ao pastoreio, adaptação a solos ligeiramente ácidos e com excesso de umidade.

 Trevo Branco Zapican

Versátil, adaptando-se a diversos usos.

  • Folhas grandes, de porte ereto.
  • Floração precoce e abundante.
  • Rápido estabelecimento.
  • Alta produção hibernal.
  • Rápido estabelecimento e excelente produção hibernal.
  • Abundante produção de sementes.
  • Boa capacidade de adaptação a pastoreios frequentes.

Recomenda-se:

  • Em solos de textura média a pesada.
  • Densidade de semeadura entre 2 e 4 kg/ha.
  • Realizar inoculação com rizóbio específico.

 

O Trevo-Vermelho (Trifolium pratense L.) tem como principais características a sua alta produtividade e seu grande valor nutritivo, semelhante ao da alfafa, sendo um dos trevos mais cultivados em países de clima temperado. No sul do Brasil, está adaptado a variadas condições de solo e clima, e suas sementes (de maior tamanho) permitem rápido estabelecimento em relação a outras leguminosas.

É uma leguminosa de ciclo bienal, ereta, que alcança até 80 cm de altura. As folhas são trifoliadas, pubescentes e alternas, com uma mancha pálida, em “V” invertido, na parte ventral dos folíolos. Os caules às vezes enraízam nos nós quando em contato com a superfície úmida do solo. O trevo-vermelho é uma planta com caules erguidos ou decumbentes, podendo apresentar raízes adventícias ao lado da raiz pivotante. A raiz pode estender-se a um metro ou mais de profundidade. Possui inflorescência sobre uma ou duas folhas normais com estípulas dilatadas. As inflorescências consistem de um capítulo com numerosas flores cor-de-rosa ou roxas, normalmente 125 flores por inflorescência. A polinização cruzada é realizada com a ajuda de abelhas, que são os principais agentes polinizadores dos trevos. As vagens contêm uma ou duas sementes na cor amarela, marrom ou roxa, medindo cerca de 2 a 3 mm de comprimento.

O Trevo vermelho tem como principais características a alta produtividade e o seu elevado valor nutritivo, semelhante ao da alfafa. Trata-se de uma das espécies de trevo mais cultivadas em países de clima temperado. No sul do Brasil, está adaptado às variadas condições de solo e clima, e suas sementes (de maior tamanho) permitem rápido estabelecimento em relação a outras leguminosas.

É uma planta de clima temperado e subtropical, de ciclo outono-inverno-primavera, decrescendo no verão. Pode apresentar ciclo bienal em situações de chuvas regulares, que se prolonguem durante o verão. Apresenta boa produtividade em solos semi profundos, drenados e de boa fertilidade. Solos argiloarenosos, com razoável teor de matéria orgânica são os mais indicados. Embora menos exigente em P que o trevo branco, não se desenvolvem em solos com baixos níveis deste nutriente. Para uma boa produtividade e nodulação da raiz são exigidos solos com pH na faixa de 6,0 a 7,0 e com baixos teores de Al trocável e Mn.

Os valores nutritivos de um pastagens de trevo-vermelho estão fortemente relacionados com o seu estádio de crescimento, bem como a relação caule/folha, que aumenta com a maturidade do pasto. As concentrações de N, Ca, Mg, Fe, Co, pectina e lignina são geralmente mais elevadas do que nas gramíneas.

Indicado para pastagens de rotação curta.

  • Bianual, de porte semiereto.
  • Muito boa produção hibernal.
  • Produz em todas estações do ano.
  • Rápido estabelecimento e recuperação após cada corte.
  • Folhas grandes e sem latência no inverno.
  • Muito boa adaptação em diferentes condições produtivas.
  • Ideal para pastoreios de rotação curta, devido a sua rápida recuperação.
  • Bem adaptado a solos de textura média e pesada com boa profundidade.

Recomenda-se:

  • Semeadura de outono a primavera.
  • Densidade de semeadura entre 6 a 8 kg/ha em pastagens consorciadas.
  • Grande resposta a fertilização fosfatada.
  • Realizar inoculação com rizóbio específico.

 

  • Alta produção de forragem durante o outono-inverno.

    • Floração precoce
    • Adaptado ao pastoreio.
    • Porte ereto e ciclo curto.
    • Excelente rebrote e produção de talos.
    • Recomendado para rotações curtas.

    Desenvolvido pelo INIA - Uruguai, trata-se de uma seleção de materiais originários da Nova Zelândia.

    Recomenda-se:

    • Ideal para pastoreios de rotação curta e sistemas intensivos devido a sua rápida recuperação.
    • Bem adaptado para solos de textura média e pesada com boa profundidade.

 

O sucesso do uso do Cornichão em nossos sistemas de criação se deve a sua alta adaptação e facilidade de manejo do pastoreio. Por possuir taninos condensados que evitam a ocorrência de timpanismo recomenda-se a sua implantação em consorciação com outras leguminosas e gramíneas.

É uma leguminosa perene com baixa exigência de fertilidade, tolera baixos níveis de fósforo, aceita solos ligeiramente ácidos e suporta bem períodos de seca. Apesar destas características, gera melhores resultados em solos corrigidos e com níveis adequados de fertilidade. Pode ser semeada na primavera, sendo mais recomendado realiza-la no início do outono. Para garantir um correto estabelecimento deve-se realizar um manejo cuidadoso no primeiro ano, além de evitar que a pastagem baixe de 7 cm de altura.

Espécies de cornichões:

Lotus corniculatus (Cornichão São Gabriel): Trata-se de uma planta herbácea, perene, glabra, com folhas pinadas compostas de três folíolos apicais digitados e dois basais distanciados, assemelhando-se a estípulas. Possui folíolos sem nervuras visíveis ou com somente a principal aparente. Com inflorescência em umbelas de 4 a 6 flores amarelas, possui vagem linear, cilíndrica, deiscente e bivalva com falsos septos transversais entre as sementes. Tem uma raiz pivotante, o que confere tolerância a estiagens. A sua altura pode variar entre 50 e 80 cm quando não pastejada.

Bastante resistente ao frio, prefere climas de temperado frio a temperado médio, resistindo bem às geadas. É uma espécie perene muito bem adaptada à maioria dos solos e regiões do RS, especialmente nas regiões mais sujeitas a seca. Por essa razão é uma das leguminosas preferenciais para a região da Campanha do RS. Sua tolerância à deficiência hídrica deriva de seu sistema de raízes pivotantes que se aprofunda no solo, buscando água em camadas mais profundas, além de outras características fisiológicas que determinam essa maior tolerância. Embora seja muito utilizado em áreas de várzea bem drenada, adapta-se bem em solos de coxilha. Não tolera sombreamento. Vegeta na primavera/verão e possui alto valor nutritivo, tendo problemas de persistência devido a seu porte ereto, o que o torna sensível ao pisoteio e ao pastejo. É semelhante à alfafa, porém, com menor produção e maior rusticidade.

É uma das poucas leguminosas que não é muito exigente com relação a solos. No entanto, mesmo sendo uma planta rústica, responde à correção de fertilidade, principalmente do fósforo. Dá-se bem em solos arenosos, argilosos, pobres, médios e tolera pH inferior a 6,0, até 4,8. Entretanto, sua produtividade é melhor se forem corrigidos o pH do solo, a drenagem e a fertilidade. O excelente valor nutritivo do cornichão deve-se aos elevados teores de proteína e digestibilidade. Até 24% de proteína bruta e 86% de digestibilidade. Além disso, o cornichão possui taninos condensados, responsáveis pelo aumento de 18% a 25% no aproveitamento de proteína, cujos teores atingem 28% quando em estádio bem jovem. Quando do florescimento os teores se situam entre 15 e 18% e, quando as sementes estão maduras, os teores caem para níveis próximos a 8%. No pleno florescimento a porcentagem de proteína é semelhante à da alfafa e do trevo-vermelho.

Lotus tenuis (Cornichão Larrañagua): De porte prostrado, adapta-se bem em ambientes úmidos, cresce no outono e na primavera, tolera baixas temperaturas e gelo.

Lotus subbiflorus (Cornichão El Rincon): Espécie anual de crescimento hiberno-primaveril. Menos exigente em fertilidade.